Dicas de Escrita

A sua melhor estratégia de conteúdo está além de apenas olhar para os números

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Eu sei que estamos a muito tempo sendo impulsionados a medir sucesso por números concretos. Não tem nada de errado em medir objetivos e performances, mas o que não podemos perder de vista é a eficiência da comunicação que precisamos ter com quem realmente é nossa audiência.

Sim, é totalmente possível criar conteúdos meia boca, colocar um investimento alto em publicidade, ter bons resultados de alcance e mesmo assim não estar acertando em cheio na estratégia.

O irônico é que quando pensamos que resultado são apenas números, somos facilmente enganados de que estamos fazendo uma boa estratégia quando na verdade estamos apenas metrificando sucesso de uma maneira vaga.

Eu conheço empresas de mídia - agencias de performance, gerenciadores de redes sociais, agencia de SEO e outras - que estão a anos sendo sustentadas mantendo essa estrutura ilusória para enganar clientes.

Inflar números quando se trata de mídias não é algo realmente impossível. Eu sei que parece batido essa conversa, mas o que deveríamos estar mesmo estar focados é em fazer um investimento que realmente seja uma estratégia mais pontual, certeira e lucrativa.

Essa desconexão entre conteúdo e audiência é exatamente o que faz com que boa parte dos empresários e gestores desconfiarem das eficácias de estratégias digitais. Ainda hoje, muitas empresas fazem questão de centralizar processos de conteúdo em torno da ideia de que quanto mais melhor números atingimos melhor, fazendo com que suas equipes se concentrem nas metas erradas.

É claro que é fundamental ser movido por performance de alcance, por objetivos rastreáveis, e isso quer dizer, também olhar para os números.

O que estou provocando a pensar aqui é justamente na necessidade de adotarmos uma realidade em que podemos unir o que precisamos alcançar com aquilo que a nossa audiência realmente precisa atingir/resolver/perceber.

Quando construímos uma estratégia de conteúdo que abraça as necessidades de um determinado público, podemos fazer com que nossas equipes atinjam as metas competitivas, ao mesmo tempo em criamos um real relacionamento de longo prazo com nossa audiência.

Pensar primeiro na audiência antes de sair criando conteúdos é algo que toda estratégia tem que entender. Eu sei que você pode pensar que centralizar sua estratégia em torno das necessidades é algo óbvio, não estamos ajudando clientes a sacudir a sua mente para pensar e focar além das métricas numéricas. É hora de abandonar apenas a reprodução de formatos.

Por outro lado, quando temos uma mentalidade de redefinir alguns paradigmas, propor novas realidades de contato e estabelecer uma comunicação direta, vemos como determinados públicos podem consumir conteúdos com mais identificação. Se conseguimos definir melhor como manter uma conexão, identificação e proximidade com eles, certamente teremos resultados mais impactantes.

Para ajudar produtores de conteúdo a pensar sobre como impactam realmente suas audiências, quero desafiar e incentivar profissionais a pesquisarem seus compradores, personalizar mensagens e conversar mais entre as equipes para pensar mais com a cabeça de audiência. 

Numa época de muitas informações circulando, ganhar atenção de pessoas é primordial

De modo geral, os públicos estão mais cautelosos do que nunca sobre onde investir sua atenção e com qual conteúdo mais o atraem. 

Por isso, criadores de conteúdo devem priorizar a construção de confiança com seu público e evitar conteúdos genéricos, impessoais ou mais do mesmo.

Conteúdos sem foco parecem uma abordagem geral. Se produzimos conteúdos impessoais, as pessoas sentem que não estamos próximos nem da realidade delas e nem do cenário concreto em que enfrentam. Seu público saí com a impressão que não conhecemos ou não nos esforçamos para entender sobre o que ela está procurando.

A melhor maneira de construir a confiança de um público é pesquisá-lo, conhecer suas dificuldades e dedicar um tempo em construir uma estratégia de conteúdo em torno de suas necessidades.

Quando produtores de conteúdo se colocam no lugar da audiência, podem encontrar caminhos que redefinem o que eles pensam. Se estamos falando sobre o que tira o sono deles, sobre como melhorar algo pontual no dia-dia deles e abordando maneiras de enfrentar os desafios que estão tentando superar todos os dias, estamos conversando realmente com eles.

Se acaso, quisermos apenas manter a estratégias de conteúdos genéricas, impulsionadas por jornadas de quantidade, por métricas de vaidade ou por números inflados, estamos na verdade jogando fora recursos, desperdiçando pessoal, tempo e dinheiro.

Guiar um cliente é melhor que contabiliza-lo apenas como um número. Caso contrário, estamos falando da gente mesmo como num monólogo sem plateia. E tá cheio de marca que parece um papagaio gago. Não basta nichar, temos que ser parte - e a solução - de uma comunidade.

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Como fazer clientes se importarem com você

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A verdade é que ninguém mais tem paciência para ser invadido por propagandas. Isso não quer dizer que elas não funcionem, mas sim, que estamos sendo cada vez mais expostos a elas e isso está forçando o mercado a gerar novas maneiras de nos atrair.

Talvez seja por isso que o mercado de histórias está realmente em alta. Seja você um produtor de conteúdo, um vendedor ou até mesmo um publicitário, você vai precisar criar um momento de atenção que funcione como um ruído digital, ou seja, você vai ter que encantar clientes com uma boa história. Só isso fará ele parar para se importar.

É claro que boas histórias possuem algumas técnicas. Uma grande história está presente desde o ‘quem somos’ no seu site até em como atender o cliente. Quando estamos atrás de conteúdo, no fundo, estamos atrás daquilo que dá sentido às nossas vidas.

É por isso que suas histórias digitais acabam se tornando uma chance de se conectar com seu público, fazendo-os experimentar uma sensação de proximidade e identificação entre sua marca e eles próprios.

Conte sua história sem firulas comerciais

A partir do momento em que seu público entende o seu contexto, ou seja, de onde você é, quais são os obstáculos que está enfrentando ou o ajuda a enfrentar, que esforços está fazendo para chegar onde está indo e alcançar o seu ‘porquê’, eles passam a desenvolver empatia por sua marca.

Todo mundo está o tempo inteiro atrás de conhecer novas realidades, entender como pode sair da situação que enfrentam e como podem contar com pessoas que já superaram esses desafios antes. Todo mundo gosta de ter um porquê para dividir. Não há ninguém que você não possa amar depois de compreender a sua história.

É claro que utilizar histórias tem o objetivo fazer com que pessoas se importem — seja emocional, intelectual ou esteticamente com aquilo que está dizendo, para isso é necessário aprender a organizar sua timeline, destacar aquilo que é relevante para seu mercado, recontar aquilo que pode ser um ruído e trazer uma imagem mais positiva para seu contexto. Sim, histórias podem fazer tudo isso.

Torne um problema relevante

Não existe maneira de chamar a atenção das pessoas sem tornar primeiramente a sua mensagem relevante para elas. Por mais que pareça óbvio, é importante mostrar ao seu público por que sua história vai valer o tempo deles.

Nos primeiros segundos — seja um texto, um vídeo, uma imagem ou qualquer outro formato, você precisa fazer com que ele se sinta parte daquilo que está dizendo. Caso contrário, ele realmente não vai esperar para ver.

O importante é não enrolar. Não deixe o ouro para depois. Para que eles se importam o suficiente você tem que atacar direto na questão que mais o preocupa. Torne os problemas dele o protagonista e dificilmente ele conseguirá ignorar.

Não seja um robô e não padronize

Histórias estáticas são histórias mortas. O que acontece muito quando estamos em contato com nosso público é deixar com que histórias vivas acabam sendo maçantes.

Lembre-se que a dinâmica das vidas não é estática. Por isso, uma grande história também não será. É necessário ter uma quebra de padrão. Um elemento surpresa que o destaque das demais pessoas do seu setor.

Toda história precisa de um conflito ou uma mudança para que se torne uma história interessante. Não é difícil prender seu público e deixá-lo sem fôlego quando você trabalha com as expectativas e as incertezas que ele carrega consigo.

Crie momentos que antecipem sentimentos , mostre que a falta de ação o faz ter prejuízo e que a incerteza que ele alimenta apenas é um obstáculo para que resolva suas questões mais importantes.

Conte sempre uma história que leva o seu público a se questionar como isso vai terminar a longo prazo. Crie dúvidas o suficiente para que ele duvide dos resultados que pode ter. Faça com que seu contato com ele seja uma montanha russa de emoções.

Ensine a pescar, mas venda a vara

Nada mais gostoso do que solucionar problemas não é? Eu acredito que a gente tem uma grande capacidade de se tornar solucionadores de problemas para nossos públicos.

A dedução é um dos reflexos que o ser humano tem naturalmente. Na ausência de informações, somos atraídos por um desejo de ser guiado. Muitas pessoas já até podem estar cientes de que tem um problema, mas não consegui confiar em um mentor.

A grande vantagem de estarmos construindo narrativas no mundo digital é poder moldar nossas possibilidades de ser um canal digital que nosso público possa extrair informações e alimentar-se de ferramentas úteis.

Não queria entregar soluções prontas. Aprenda a entender o que exatamente faz com que seu público se convença de que você pode o ajudar. Esteja disponível à medida em que eles quiserem ser conduzidos. Ensine-os a pensar no dois mais dois, em vez de concluir para ele que esta operação resulta em quatro.

Fale sempre sobre o seu ‘porquê’

Não adianta nada você aprender a contar uma boa história para seu público se não há coerência em seus processos. Esta é sim uma das coisas que mais frustra clientes.

Tudo em sua história precisa ser parte integrante de uma comunicação, mas principalmente uma missão corporativa. Para além dos slogans, cada ação, evento, mensagem, conteúdo, deve ter como ponto central relacionar com sua visão para alcançar seu ‘porquê’.

Comunicar sua história pode ser visto apenas como uma elaboração de uma imagem publicitária, mas quando ela é mais que um roteiro comercial, mas é de fato uma demonstração de coerência, seu público online começa a ver valor real.

Nada faz mais que um cliente comprar do que relacionar em uma jornada que funciona e que é congruente com as demais áreas. Garanta que sua imagem é a melhor entre seus clientes, mas valide sempre com todos os departamentos que a história está contando sobre sua empresa e alinhe as comunicações.

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Como ser coerente e encontrar sua voz no conteúdo

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Na era de superprodução de conteúdo, qualquer material precisa oferecer compatibilidade e convergência com a maioria das emoções, ideias e cenários que seu público convive.

Isso significa, primeiramente, duas coisas: ter qualidade na informação e consistente na maneira como se comunica com eles. Agora, mais do que escrever sobre temas que eles possam achar interessante, seu conteúdo deve ser de alta qualidade e tem que ser escrito em um tom de voz reconhecível. Todo material precisa refletir os valores de uma audiência.

Para que seu conteúdo se torne uma fonte de insights e informações para um público, você precisa inserir neles alguns detalhes que possam fazer toda a diferença. Vamos a alguns deles:

Entenda que não precisa fingir nada

É difícil escrever sobre o que é autenticidade em seres humanos, mas você pode saber na hora quando alguém está sendo autêntico e quando não está

O grande segredo de quem se destaca no conteúdo é que eles não têm dificuldade em assumir aquilo que tem para oferecer e aquilo que não tem também. 

Pessoas ou marcas autênticas não escondem seus sentimentos e nem fingem que estão sentindo algo que não estão. Elas se esforçam para manter a paixão pelo que pensam e patrocinam a coragem para o debate construtivo. Quando estamos falando de autenticidade, muitas não se esforçam para corresponder às expectativas dos outros ou não se preocupam em agradar a todos sempre.

É normal que quem produz conteúdo acabe se comparando ou se igualando ao tom dos outros. Na verdade, todos deveriam fazer o possível para permanecer fiéis às suas próprias convicções. O que funciona para outras pessoas pode não funcionar necessariamente para você. E vice-versa.

Faça o melhor conteúdo que puder, mas sem comparar o seu progresso com o de outros. Quando o público identifica que o fingimento saiu de cena, há sempre mais para oferecer. Está todo mundo cansado da plasticidade do mundo virtual, então, não finja. Mude de tom, se precisar, mas seja sempre real.

Imagine perder tudo e ter só sua voz nas redes

Se você tivesse realmente perdido tudo que conquistou e tivesse apenas um canal e os conteúdos para tentar recuperar aquilo que tinha, o que você diria para as pessoas?

Falo isso porque encontrar uma voz depende bastante do tanto que você torna essa sua voz importante para o público que está se comunicando. Qual é o dano que o mundo teria se você deixasse agora de estar presente como um produtor de conteúdo?

Quando estamos num cenário de oceano azul, acabamos sempre deixando o conforto entrar na nossa rotina e acabamos esquecendo do que realmente importa dentro dos conteúdos: Ser importante.

Lembro sempre que os meus textos que mais engajaram com o público, me projetaram dentro de grupos e trouxeram uma autoridade foram aqueles que eu realmente escrevi como se eu tivesse uma única oportunidade de eternizar as ideias que estavam nascendo ali.

Quando decidimos que nosso trabalho precisa ser importante para as pessoas, podemos ser abraçados pelo senso de vocação. A ideia é produzir cada conteúdo como se realmente fosse único e não como se fosse mais um. E este é um dos passos mais importantes para que tenha coragem de ser relevante.

Aprenda a se orgulhar do que importa

A gente sempre pensa que o orgulho é uma coisa ruim. As pessoas podem ser vaidosas e egoístas. Apesar disso, penso que nosso orgulho pode estar ligado a nossa autoestima e saúde mental.

O orgulho e a arrogância são vizinhas divididas por uma cerca fina. Sentir-se bem com algo que tenha realizado não só lhe dá um sentimento de satisfação, mas também pode ajudar a se inspirar mais. 

Você pode se orgulhar de alguma coisa e depois deixá-la ir. Afinal de contas, nem tudo que fazemos na vida vamos ganhar uma estrela dourada de honra ao mérito.

No entanto, quando estamos produzindo conteúdo, precisamos saber que existem diversas realidades em que podemos realizar algo realmente incrível. Pessoas sempre se interessam em saber como você foi que começou algo, que passos tomou para chegar lá, ou até mesmo o que sente enquanto está realizando alguma coisa importante.

O orgulho que é saudável exige um pouco de honestidade em relação a quem você é e o que você genuinamente fez a serviço do mundo. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa.

Acredito realmente que sentir-se orgulhoso pelas trajetórias e pelas experiências, nos faz mais coerentes. Orgulhar-se sem tirar os pés do chão. É possível entender que o bom orgulho está mais relacionado à nossa opinião sobre nós mesmos, e a vaidade corresponde ao que gostaríamos que os outros pensassem de nós. Esta é uma diferenciação importante.

Sinta fome de propósito

Em certos períodos de nossas vidas, muitas vezes sentimos que não temos nenhum propósito. O propósito nem sempre é baseado no que estamos fazendo; às vezes, manifestamos propósito por quem estamos sendo.

As pessoas querem se sentir inspiradas, encontrar um significado e ver o impacto que seu trabalho tem sobre os outros. E quando o fazem, ficam mais engajados, inovadores e produtivos. Isso não é um segredo ou uma revelação. É bom senso.

O propósito precisa ser pessoal e, como o propósito se destina a provocar uma reação emocional, ele precisa ser sentido. Você precisa acreditar no que está dizendo e fazendo. Isso faz toda a diferença. 

Se suas tentativas de criar um propósito não estiverem alinhadas com seus outros comportamentos de liderança, os funcionários verão suas táticas como manipulativas, em vez de inspiradoras.

Torne-o perpétuo. não pode fazer isso apenas uma vez. Em vez disso, você precisa fazer disso uma rotina. Ouça verdadeiramente. Mostrar respeito pelos outros está enraizado em ter respeito por nós mesmos. 

Temos a tendência de pensar que nosso propósito deve ser tão grande quanto as realizações de grandes homens e mulheres que alcançaram seu propósito.

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As virtudes de um escritor com propósito

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Escrever requer senso de sentido. Trabalhar com escrita exige a virtude primordial de trabalhar muito a maneira de pensar com a finalidade não apenas de demonstrar intelectualidade, mas de conduzir leitores para um lugar de conhecimento e mudança. Claro, que para isso, existem muitos caminhos possíveis.

Não há como escrever sem que haja um propósito. Não estou falando simplesmente de uma ter em mente algo maior que conduza toda a sua carreira, mas também que te guie durante os pequenos trechos que desenvolve.

Toda escrita acaba atraindo uma dependência relativa da estrutura de pensamento do autor.

Ou seja, o material terá seu potencial aumentado quando está próximo do que é verdadeiro pro autor, quando está próximo daquilo que ele considera belo e harmônico e que não esteja fora daquilo que enxerga como mensagem.

Eventualmente, o escritor pode esbarrar na sua noção de moralidade, na sua construção política ou até mesmo na sua própria bagagem emocional. Ele não tem como ignorar completamente as suas formações, mas precisa saber trabalhá-las do melhor modo possível.

Não existe nada com mais força do que uma ideia lançada com esse senso de objetivo muito delineado. É claro que quando estamos falando de rotina de escrita, no dia dia mesmo, precisamos trilhar o caminho da modéstia, para entender que não há sempre pontos altos de criatividade, e que este auge de euforia e fecundidade não está sempre presente.

O escritor eventualmente é um falsificador de si, mas nunca da realidade.

Para que esse estado de alta performance e assertividade seja mais presente é necessário alinhar a si mesmo com suas ideias. Ele tem que adotar isso como uma disciplina diária e obrigatória. A capacidade de construção de ideias não passa de um instrumento disponível na mão do autor, mas é a maneira como a utiliza que determinará seus efeitos.

Eu sempre me perguntei porque pessoas inteligentes podem não ser bons conteudistas? Bem, o fato é bem simples para mim. É fácil notar que para exercer certa inteligência é necessário tantas outras qualidades.

A inteligência é como uma biblioteca. É necessário saber caminhar lá dentro, saber o que se busca, organizar todo esse conhecimento e principalmente saber como ter acesso a tudo que armazenamos. Toda boa mensagem que possa vir de um texto precisa não só da intelectualidade e da boa comunicação, é preciso também uma dose de organização de pensamentos.

Para olhar para a realidade e tirar conclusões não se exige só um alto nível de sensibilidade, mas para conseguir relatar tudo de um modo competente, sim. É por isso que o autor precisa transmitir mensagens com sua obra.

De nada serve ao mundo intelectuais que acumulam repertórios empoeirados.

O que faz os escritores terem a vontade de transmitir a mensagem que portam é justamente o senso de propósito. Se um autor é apenas envaidecido pela posição que ocupa, ele logo se desliga de sua função principal: guiar leitores pelas ideias concretas.

Quando se escreve sem um sentido claro, nós podemos até fazer novas descobertas, mas jamais vamos entregá-las integralmente para nossa audiência. Se estamos desassociados a esse discernimento da realidade, estamos, na verdade, longe de alcançar o coração humano. Talvez seja esta a dificuldade dos novos escritores.

Escrever palavras bonitas sem carregá-las como propósito é um grande paradoxo. Ninguém acredita em vendedores que não usam seus produtos. Usar do poder da escrita determina certa coerência de sentidos.

O escritor, é, portanto, uma vítima da sua própria ideia.

Mesmo que pareça fazer sentido, quando não encontramos aplicação em uma ideia, tendemos a recusá-la o todo como verdade. Isso não significa que o autor não deverá simular boas histórias ou até mesmo tentar se travestir de sentimentos através de cenários e personagens fictícios para ilustrar, mas o elemento mais importante de um bom trabalho é a verossimilhança, pois essa sempre será cobrada por quem consome conteúdo.

Este diagnóstico pode apontar a razão para que muitos profissionais da escrita tornam-se geniais, mas não tem nenhuma expressividade recorrente na realidade em que está inserido.

Não basta ser genial, é preciso não ser superficial na mensagem, na comunicação e na demonstração de propósito.

O amor pelo que fazemos é o começo de tudo em nós. Se sabemos a razão de escrever, não devemos nos preocupar com o que vamos construir para transmitir a mensagem depois. O propósito é um ponto de partida.

Ninguém vai se tornar um bom escritor sem ter essa largada. Saber como fazer nunca foi o ponto comum do conhecimento e da prática, mas ser fiel a nossa vocação é que sustenta essa realidade. O bom autor é aquele que mais perto de si próprio consegue chegar.

Fazer um bom trabalho está ligado profundamente com esta realidade de propósito. São frutos do mesmo terreno fértil.

Quando a vocação e o propósito não estão unidos, os dois sofrem perdas. No entanto, quando nos alimentamos mutuamente, tornam-se resistentes.

Não dá para definir-se como um escritor sem ter o que realmente dizer ao mundo, sem que se saiba anteriormente que o sucesso nada tem a ver com ser recompensado com notoriedade, sem que haja um ajuste fino entre o que produz e uma mensagem realmente inadiável.

Não dá para assumir-se como um escritor sem que sequer esteja preparado para dizer tudo quando for indispensável e contradizer-se quando for necessário. O propósito de um escritor é não trair a sua vocação, ou corre o risco de assistir o silêncio da sua falta de impacto no mundo.

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Todo escritor precisa saber a qual tempo pertence

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Pode parecer exagero, mas toda produção literária tem um poder potencial, que até então, era possível notarmos apenas nos seres divinos: todo material em texto pode se tornar eterno. Há textos que realmente não morrem.

Neste sentido, é interessante pensarmos que há em toda intenção de registro de escrita um pouco do registro do mundo. É por isso que toda escrita precisa ser compreendida segundo seu tempo, mas mais do que isso, ela precisa ser redigida em favor do seu tempo.

Todo nota que é feita por um escritor funciona como um memorial que documenta ideias vigentes, descreve característica de um lugar, apresenta as marcas de uma época.

Em todo impulso literário existe um registro perpétuo da sociedade, do comportamento e da mentalidade do seu tempo.

A eternidade de uma escrita não está atrelada somente a sua documentação bem preservada, nem tampouco a intenção por trás de um texto, mas a cada novo pensamento que é exposto, cria-se uma descentralização irradiante de fatos.

Toda escrita deixa rastros. Enquanto alguém redige qualquer peça, a todo momento não consegue se distanciar da relação criada entre o que escreve e o que sente, vê e reage. Estar diante da escrita é também estar diante de si próprio, do outro e da sua relação com o externo.

Escrever é testemunhar os dramas alheios e os próprios, é tornar-se espectador das convulsões que o ser humano provoca. Mesmo nas suas mais tímidas vontades, nos seus desejos mais ocultos e nos intentos mais triviais, todo escritor precisa se perguntar:

o que preciso dizer e ouvir deste século?

 Mais do que nunca, hoje, os pensamentos são mais facilmente arquivados, por isso, ao longo da nossa jornada como criadores de histórias, teremos num futuro breve um pouco mais de registro do ser humano. A escrita é como alimenta um cofre de memórias, de realidade e comportamentos.

Com o bom trabalho do escritor, nada passa despercebido e o mundo não corre o perigo de não se conhecer bem. Agora, neste período se renova mais a ainda a importância de ter alguém escrevendo. Estamos diante de um mundo extremamente veloz e com pouca sinalização então, é necessário escrever.

É claro que não coloco o trabalho do escritor apenas como a única possibilidade de conservar e progredir na história. O corpo da investigação intelectual é composto por uma rede de registros, especialmente na arte. No entanto, na prática, o escritor é aquele que consegue explorar a vida e sua prática com certa fidelidade, desde que comprometido com isso. Longe do diletantismo, também há história.

Apesar do escritor nem sempre está comprometido com esta tendência quase arqueológica, ele não pode alimentar um amor romântico pelo seu mundo, afinal, não cabe a ele ignorar as suas ideias diferentes e nem negligenciar as dores distintas das suas. Ele precisa de um olhar abrangente.

Como pertencente ao seu tempo, ele precisa compreender que seus recursos são justamente o que seus olhos veem, seus ouvidos ouvem e sua vida lhe entrega.

O tempo será para ele apenas um plano de fundo para a vocação que lhe corresponde. É justamente essa vida diante dele que está toda matéria-prima necessária para encontrar boas histórias.

A escrita não tem caducidade, ela não envelhece mal. Se isso acontece, é porque essa escrita não cumpriu com toda a sua capacidade. Uma boa escrita nunca é sepultada, nunca passa do seu tempo sem ser aproveitada. Até mesmo as obras mais desconhecidas carregam em si um valor no seu tempo.

Esse deveria ser o espírito daquele que se atreve a escrever. Quanto antes entender o lugar da sua fala no mundo plural, mais fácil o escritor consegue encontrar a sua própria voz e realocá-la no seu contexto mais específico. O escritor não é só um registrador, mas é fruto de um tempo.

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O escritor não pode estar isolado

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Já passou do tempo em que ser escritor carregava a ideia de ser um intelectual que permanece numa torre de marfim isolado dos reles mortais escrevendo teses, criando teorias, redigindo romances e elaborando notas sobre o mundo e tudo que nele há.

Esta visão romantizada da escrita não cabe na realidade de hoje. Na verdade, não é nada desejável para um bom escritor num mundo plural de hoje, querer estar num alto posto no olimpo de “deuses do intelectualismo”.

O ideal é mesmo o contrário. O escritor verdadeiro é, sobretudo, um observador do chão da existência.

Neste sentido, os grandes escritores são justamente aqueles que circulam entre os povos. Aqueles que não se deixam cultuar pela imagem do escritor como um sujeito especial diante dos outros.

É claro que é sedutor — e até um pouco egocêntrico — pensar que viver profissionalmente da escrita coloca-nos na imagem de alguém com alguma importância ou cultura a mais, mas isso não passa apenas de uma pequena caricatura travestida da suprema arrogância.

Estar isolado na sua concentração para descrever realidades, observar fatos ou criar boas histórias, é diferente de manter-se isolado da realidade. Para um escritor ser realmente produtivo não basta a disciplina da solitude, mas também deve estar diante coisas mais banais.

Quando esquecemos que a matéria-prima para tudo que escrevemos está nos detalhes da vida comum e nas observações criativas das realidades ordinária, perdemos o elemento mais libertador da nossa profissão. Como escritor, foi justamente ter descoberto que as melhores histórias são aquelas que circulam no meio dos lugares mais comuns que me tornou um escritor realmente bom.

O cotidiano não poderá nunca ser ignorado diante da virtude da nossa vocação intelectual. Seja qual for a sua situação que estejamos, sempre haverá um tanto de humanidade, verdade e subjetividade para ser relatada. Isolados, perdemos esta conexão principal.

Uma última característica da vocação de escritor é que ele precisa entender que trabalha para o mundo. Isso quer dizer que não lhe pode dar o direito de esconder de todos uma boa ideia, não deve ceder à tentação do individualismo. Ele precisa ser capaz de nunca deformar a verdade em prol da sua personalidade.

Enquanto se vê pertencente a um mundo real e concreto, pode se dar a licença de projetar uma realidade possível. Quando estamos apenas do lado do abstrato, passamos a assumir uma paralisia que esteriliza a capacidade de tocar em pessoas com nossas ideias.

Quando estamos diante da tentativa de ocultar-se do mundo banal, estamos, na verdade diante do exercício equivocado de deixar de ser homem comum. O escritor isolado se torna inumano.

Não será possível, portanto, a este contador de histórias identificar qualquer sentimento real do homem, não conseguirá capturar as suas necessidades mais corriqueiras, muito menos lidar com as suas grandezas cotidianas, por fim, nunca alcançará a verdade que nos une quanto comunidade.

Todo escritor deve ser universal. No sentido de que seja identificável na história, que frutifique e estabeleça sua contribuição no seu tempo, que eternize aquele instante registrado como uma fotografia do momento em que vive.

Se escrever se tornou mesmo um impulso vital, não se trata mais de arte ou de apreciação, mas de compromisso de se fazer presente no seu tempo.

O escritor é como aquele pároco que conhece a calçada da sua paróquia, mas que não perde tempo entendendo que sua missão está em outro lugar senão diante daqueles que precisam da sua ajuda para confiar no sagrado.

O escritor é um agente de uma esperança que se esbarra realidade cruel. É por isso que não deve viver isolado da realidade, é por isso que ele nunca deve se afastar das pessoas e das suas mazelas ordinárias, é por isso que o escritor tem que ser presente.

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Não escreva se não quer abandonar-se no caminho

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Se bater o olho neste texto e chegar a conclusão que não vai ler, realmente ele não é para você. Escrever é para poucos.

Quem convive comigo já deve ter me ouvido falar que mesmo que eu tenha que mudar de profissão por alguma razão, sempre vou continuar escrevendo. Viver de escrita é algo realmente que eu sempre sonhei, mas não acreditei que fosse possível tirar todo meu sustento de ideia loucas que eu costumava a depositar pelos cantos da internet. 

Hoje consigo entender bem que ser escritor não é só o que faço, mas acabou se tornando também aquilo que sou. Parte da minha experiência de vida está toda registrada em linhas redigidas. Isto é, grande parte dos traumas que acolhi, dos amadurecimentos que sustentei e dos episódios mais dóceis e grotescos está nos meus textos. 

Proporcionalmente, tudo que conquistei nos últimos anos deve-se inclusive a escrita. É claro que o caminho até lá é longo, muito confuso e cheio de pequenas coragens perigosas. Apesar disso, sempre soube escrever e trabalhar ideias era a minha contribuição para o mundo. 

Tirando o papo cafona de lado, talvez você tenha demorado para perceber, mas definitivamente, não somos apenas o que estamos acostumamos a fazer com nosso tempo, com a nossa energia e com as nossas competências.

 Parece óbvio dizer, mas nem todo mundo se deu conta ainda que atribuir o peso de vocação ao mero exercício repetitivo de atividades. É justamente este o mais alarmante equívoco que acreditamos atualmente. É evidente que as tarefas que acabamos desempenhando durante toda a nossa vida nos faz, em partes, escolher o caminho da realidade em que estamos inseridos. 

Ao desenvolver aptidões, podemos escolher caminhos diferentes ou outros que nada ter a ver com o que nos vemos fazer de melhor para sempre. Um bom começo para procurar vestígios nessa investigação a respeito da vocação para a escrita é encarar que é complicado definir por completo a palavra vocação. 

Apesar da imensidão de tentativas, arrisco dizer que a vocação, numa concepção muito particular, é entendida como aquele episódio em que um sujeito consegue ter a nitidez a respeito de:

Sentir-se totalmente perseguido por uma atividade, ao ponto de ter, de maneira inconfundível, todos os impulsos de realizar tais tarefas que lhe devolva a realização existencial, a confiança da competência, o senso de utilidade e o valor de beneficio adequado.

Esta definição aponta para o seguinte flagrante: alguém devidamente vocaciona é dono de uma obsessão possível, e sem que haja escapatória, se coloca diante de uma atração imparável que traz um novo significado de vida, o faz considerar, mas sentir-se o prejuízo de viver as consequências incondicionais daquela atividade.

Repare bem, meu caro leitor. Assim como toda vocação, inicialmente escrever tem pouco a ver apenas com a plena excelência em desenvolver determinadas aptidões.

Nem todo aquele que está vocacionado à alguma atividade dispõe no início de recursos ou se vê plenamente capacitado para exercer. Escrever é mais que redigir. Pontualmente, é necessário antes da desejar uma excelência, um esforço mediano em um período de maturidade pessoal.

É claro que escrever exige uma inclinação baseada em interesses, mas a vocação não pode se entendida como uma espécie de predestinação sem fuga, mas deve torna-se evidentemente irrecusável, quase irreversível quando constatada.

O escritor está á bordo de uma plena satisfação e de uma euforia ilimitada em realizar-se diante de tudo que tem na vida da escrita. 

Antes de entrarmos numa jornada vocacional, precisamos considerar que aquilo que vamos fazer com as nossas vidas, com nosso tempo e com a nossa energia.

O escritor profissional carrega consigo uma obsessão elementar: A responsabilidade de seguir escrevendo independente do cenário à nossa volta. É preciso tomar como recompensa o simples prazer de realizar. Escrever precisa se um vício diário.

Falar de escrita como vocação é falar daqueles que, em dado momento das suas vidas, sentiram quase que, de maneira devota, a obstinação de registrar ideias, pulverizar pensamentos e contar histórias.

Para quem deseja realmente levar a escrita como seu ganha-pão, é recomendável entender, antes de qualquer coisa, que as letras são mais que símbolos, mas são verdadeiras maneiras de traduzir realidades e explicar o mundo. Muitas vezes, até o nosso próprio mundo.

Recomendo sempre à todo aquele que pretende cometer a loucura de ser um autor, que exija de si a disposição de patrocinar a insanidade que é despir-se inteiramente diante de um mundo inteiro que muitas vezes não está pronto para a compreensão.

Escrever é observar tudo, dedicar-se a um interminável ciclo de diversos estudos, sujeitar-se a exercícios criativos e a frequentes auto renúncias emocionais.

É manter-se obstinado e comprometido, mesmo sem ter previamente resultados visíveis que possa lhe dar certeza de um caminho seguro. É plantar uma semente sem ao menos reconhecer sua espécie. É, paulatinamente, deixar-se agora para abraçar o logo ali possível.

Isso significa utilizar-se da sua própria vida como esboço para remover as camadas superficiais da realidade de todos. Não se constrói uma carreira como escritor estando comprometido apenas com pequenos trabalhos medianos e um par de ideias soltas.

Encontrar-se na escrita remete fundamentalmente a um empenho metódico e prático que lhe entregue inúmeros recursos correspondentes a seus questionamentos. É levantar perguntas e rascunhar respostas. É equivocar-se com convicção e arremeter voos filosóficos sem saber certo onde pousar.

Entender a responsabilidade de cada escrito significa realizar um constante trabalho intelectual em favor da sua vida e dispor de entregar-se as observações mais banais para buscar como recompensa nada além do desenvolvimento.

Quem se aventura por este caminho, não precisa ter medo de trilhar uma corajosa caminhada para dentro de si, do outro e do mundo. Ele não pode mais assistir ao mundo com um olhar totalmente passivo, mas agora, tudo se torna ponto de partida para uma provisória análise mais cuidadosa.

Viver do ofício de escrever é dedicar-se de alma — no seu sentido mais sobrevivente — e de coração a busca da verdade, mesmo que para isso, ele, como pessoa tenha que negociar suas maiores opiniões e convicções. Tem que se tornar um honesto investigador, que na ousadia busca prestar serviço em nome de uma realidade vindoura.

Toda sentença precisa de um longo exame milimétrico. Esta tal vocação de viver de ideias e as escrever, está entrelaçada a outras tantas competências, descobertas, estudos e disciplinas. Estar pronto para escrever é como ter um impulso instintivo de correr atrás de novas capacidades para ver o mundo a sua volta com mais clareza.

Antes de ousar tornar-se um literato profissional é preciso realmente compreender que o prazer pode ser também um dos grandes vilões na hora de extrair boas ideias. Algumas histórias não foram feitas de partos simples.

É justamente neste lugar difícil que nasce um escritor. Apesar disso, o escritor frequentemente é traído pelos seus sentimentos mais evidentes. Quando se escreve apenas tentando encontrar prazer, você afunda uma boa vocação.

Boas ideias não saem de simples sacadas geniais que surgem como um pombo na janela com uma carta no bico, mas, na maioria das vezes, levar uma ideia a sério e transformá-la em um bom texto ultrapassa o próprio sujeito.

Com muita vontade, um dia, você também encontrará lugar na assembleia dos provocadores de letras nobres. Até lá, apenas não pare. Escreva com a coragem de quem já é ouvido e com o zelo de quem cresce sem notar.

Um bom escritor usa como combustível não o óbvio e o concreto acerca das cosias, mas rega vagarosamente a plena vontade de ter sempre o que dizer enquanto vai deixando um pouco de si durante o caminho.

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O perigo das fraturas na queda da qualidade do conteúdo

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Desde que decidi me afastar dos modelos clichês de produção de conteúdo — com seus manuais dos “x coisas que…”, numero mínimo de caracteres, os fetiches dos keywords e todos os mandamentos do deus do SEO — percebi que ganhava muito mais relevância entre os públicos.

Já é comum falar sobre humanização do conteúdo, mas a verdade é poucos conseguem se livrar realmente da ditadura do modelos prontos impostos pelas gigantes do marketing de conteúdo.

Não sou o único que tem visto péssimos materiais circularem por aí. É fácil notar que, de modo geral, assistimos o conteúdo cair para níveis que, eventualmente, ameaçam sobrevoar o subproduto da importância.

Não posso medir qualidade apenas pela padronização da produção, que veio empobrecendo o mercado até tornar-se praticamente uma fábrica do mais do mesmo.

Meço pela quantidade de textos que me chegam, cada vez mais repletos de inutilidades e barbarismos grotescos de sentido, com comentários cada vez mais escassos, pela intenção de auto proclamação de “autoridades” e, principalmente, pela fuga das discussões públicas. É só gente falando de si.

O problema do produtor de conteúdo mediano

Diante dessa avalanche de postagens, o que mais destaca aos meus olhos não é o vazio de valor, nem a pobreza de argumentação, mas é a miséria de empatia e a incapacidade geral de perceber aquilo que é realmente essencial.

A maioria dos conteúdos que vejo são apenas um adorno dispensável. Uma lacuna improvisadamente preenchida no feed. Não estamos produzindo conteúdos decisivos para nosso público, mas, de fato, enchendo as redes de coisas irrelevantes.

Repare que na maioria dos conteúdos produzidos não há problema a ser resolvido, não há tema específico, não há sequer assunto a ser levantado. Excluímos do nosso arsenal de publicações as grandes temáticas, as articulações, o diferente.

Por outro lado, o que era para ser um bom palco se assemelha a um show no picadeiro.

 A finalidade dos conteúdos é fosca, como se não tivesse um centro, um significado realmente expressivo ou um sentido fundamental em torno de empreender uma discussão coerente.

Embora as redes sociais sejam apenas um reflexo do ser humano e suas opiniões, é preciso entender que elas não se resumem a externar algum sentimento subjetivo, que seja pessoal e deslocado da realidade.

Parece-me que produzir conteúdo serve apenas para exibir bom-mocismo, para buscar simpatias globais, para criar uma tentativa de promover uma rodada de apresentações pessoais ou profissionais sem realizar uma conversa franca com o interlocutor.

Perdemos de vista o significado de persuasão. Acreditamos que persuadir é criar narrativas para convencer pessoas daquilo que nós mesmo fantasiamos e assumimos como verdade. Agora, tendo a ser do lado do time que acredita que persuadir é guiar um debate com coerência e verdade.

Perceba você o quanto do conteúdo criado hoje tem exposta, de maneira clara, o objeto da sua iniciativa, que seja algum fato realmente expressivo e o tema realmente significativo. É como se todas essas coisas ficassem apenas num canto quieto enquanto o narcisismo realmente brilhasse na luz focada do palco. Falar sobre isso é realmente provocar o status quo.

Se realmente reproduzirmos mais do mesmo como se não existisse outra alternativa, depois de algum tempo, a criatividade e a autenticidade deixa mesmo de existir. É nesse ponto que muitos produtores estão. Não conseguem mais criar, porque passaram uma vida toda reproduzindo.

A impressão que me resta ter é de que a grande parte das pessoas que se propõe a escrever está sofrendo de uma obrigação de ter que dizer, mesmo sem saber ao certo o que ela mesmo pensa. 

Não dá para viver apenas da imaginação contemplativa que sai logo voando perto da realidade.

Um produtor de conteúdo tem que ser importante para seu público para além da sua mente embevecida. Temos que abandonar o compromisso em torno do nada e criar.

Para ser honesto, vejo que há muita questão que precisamos corrigir. A começar pela falta cada vez maior de mão-de-obra qualificada que saiba realmente a razão de ter se tornado um produtor de conteúdo de verdade. 

O sufocamento das mídias sociais aos produtores

Temos que combater a debilitação alarmante de distribuição de conteúdo que as mídias sociais nos impõem com suas regras próprias e suas definições que matam por inanição a relevância dos produtores. 

A abominação completa da falta de debate, que alimenta uma criação de bolhas ideológicas, de guetos sócio-políticos, de discursos pessoais radicais e narrativas pseudo-intelectuais estão matando as redes.

É catastrófico para o mundo dos conteúdos um universo intelectual que tem como função anular a grande circulação de ideias num mundo plural.

Se me perguntarem a causa dos vexames colossais no conteúdo, diria o que é óbvio: já tem anos que as mídias sociais veem alimentando e empoderando uma realidade de pessoas que se gabam de ser o que realmente não são.

 Criamos falsos pensadores que reproduzem conhecimento sem o menor pudor, critério e preocupação com a qualidade. São eles que as redes apoiam.

Além disso, se queremos entender porque os temas fundamentais não aparecem e nem são discutidos é porque a maioria dos canais de comunicação — especialmente as mídias sociais como esta — dão atenção ao que realmente é numérico.

Nesse contexto, não adianta nascerem produtores de conteúdos dispostos a debater, a criar, a ser importante, se a diretriz da relevância e de expressividade for sempre desviada para periferia e no seu lugar ficar apenas os detalhes menos importantes para o público. 

Sabemos que quem molda os debates públicos nos feed e dá espaço para o crescimento de personalidades padecedoras é a própria ferramenta, que muitas vezes, não permite que nada seja discutido livremente, exceto aquilo que está nos moldes do seu seleto glossário.

São essas ferramentas que nos alimentam de poder, mas que também promovem debates, desde que seja dos seus interesses comerciais, que pertença a sua agenda institucional, que promova a sua futilidade endereçada, que endosse a sua ambição megalômana de controlar mercados e, por último, a mais poderosa arma no mundo atual: a traiçoeira auto adoração abjeta do mundo corporativo.

Enquanto a gente não entender de uma vez por todas que somos apenas produtos na mão de uma grande e poderosa redes de contatos, nada do que julgamos sério será levada adiante e será em vão qualquer tentativa de qualidade nos conteúdos.

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Deixe seu texto dormir (e sua mente descansar)

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Muita gente imagina que o trabalho de ser redator é sentar numa cadeira, abrir seu notebook e fazer um texto nascer como quem naturalmente paga uma conta de luz numa lotérica e pronto. Não é tão simples assim.

Nenhum texto bom pode ter vindo de primeira. Quando um texto como esse chega diante de nós, não pensamos, por exemplo, sobre a quantidade numerosa de vezes que eu, como redator, tive que reescrever cada parágrafo para se fazer compreendido.

No começo da minha carreira, eu tinha a ideia de que precisava apenas sentar na frente do computador, pegar meia dúzia de ideias e tinha um texto excelente nas mãos.

No entanto, comecei a notar que quando fazia isso, embora conseguissem produzir maior quantidade, comprometia a qualidade. Além de notar que não elaborava direito as minhas ideias de maneira mais proveitosa possível para meu leitor.

Quando eu resolvi escrever para viver, descobri que para redigir um texto bom é preciso respeitar a balança que existe entre o coeficiente de qualidade e tempo. Isso quer dizer, a chance de você escrever algo rápido e bem feito é mínima. É preciso mais cautela.

Isso não quer dizer que temos que dar voz ao perfeccionismo exacerbado. No entanto, é preciso sim aprender a desconfiar de ideias que venham muito depressa a nossa cabeça.

Mesmo redatores bem experientes, que já formulam estruturas de ideias de maneira fácil, sabem que para escrever bem é preciso aprender a cautela de reescrever tudo o tempo todo.

Dê um descanso para suas ideias

Imagine só. Hoje, eu escrevo uma média de oito textos por semana. Estamos falando de uma alta produtividade. Por isso, tomo muito cuidado para não ferir a qualidade dos meus textos por causa do pouco tempo ou da afobação de ter que cumprir com a demanda.

Quando falamos de criatividade e criação, reescrever inúmeras vezes a mesma frase até que ela esteja completamente adequada, coerente e coesa é mais que necessário, é fundamental para que produza de fato um conteúdo verdadeiramente engajador com sua audiência.

Não acredito mesmo em fábricas de textos. Não é possível entregar uma grande quantidade de conteúdos que realmente estejam bem feitos. Embora, muitas empresas de conteúdo digam que é possível lotar seu site de artigos bons, desconfie completamente de quem faz de um texto simplesmente uma produção em série.

O maior erro de fazer conteúdo

Escrever esgota. Escrever exige que tenha sua cabeça em ordem. Se você pensa que manter conteúdos frequentes em um site sem que haja esse descanso criativo, você está estrangulando aos poucos a capacidade imaginativa e fértil dos criadores.

Produzir ideias diárias e transformá-las em texto sem o cuidado de dar um intervalo considerável para rever, reescrever e adotar novos olhares, vai deixar sua capacidade de criação minada. Nada pior que um texto com carência de contextualização.

É por isso que muita gente começa com boas intenções. Elas dizem: “Vou montar um blog.”, “Quero começar a escrever mais no meu Linkedin”, “Eu vou criar um site sobre um assunto e encher de conteúdos”, mas raramente conseguem ter consistência e frequência necessária para lidar com isso.

Uma das missões mais difíceis para quem resolve viver de escrita e aprender escrever com qualidade e respeitando a si mesmo. Embora você adote boas técnicas para produzir mais e de maneira frequente, será sempre preciso ter um tempo para procurar novas maneiras de fazer algo bom.

O que eu recomendo?

Quando você, finalmente chegar na última linha do seu texto. Quando parecer que o fantasma do “texto concluído” já não estiver mais lá. Tenha sempre o cuidado de não publicar imediatamente, deixe seu texto ali e vá fazer outra coisa por um tempo.( fumar, ir no banheiro, pegar um café). De preferência, se puder deixar o seu texto de um dia para o outro é melhor.

Depois, quando não estiver mais mergulhado dentro daquela realidade, revisite o texto com um olhar mais cauteloso e percebendo se todas as ideias estão realmente claras e se existe alguma ideia ainda confusa.

Não caia nessa lorota de que um site cheio é melhor que um site com coisas bem feitas. Quando escrever um texto, deixa ele tirar um cochilo e depois volte para uma novo olhar mais atencioso. Isso vai garantir que seu texto está realmente no ponto que você queria que ele estivesse.

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Ser um redator é mais que aprender sobre textos, mas também sobre si, bicho

Ser um redator é mais que aprender sobre textos, mas também sobre si, bicho

O título parece elementar, mas vou alargar sua mente com uma obviedade clássica: Você só aprenderá a escrever com qualidade quando você for capaz de detectar o que é um bom texto. E ser igualmente sábio para medir a distância que você está dele.