PORQUE É TÃO DIFÍCIL TER UM RELACIONAMENTO SADIO?

Fiquei surpreso quando conversava com um amigo que me jurou que não havia nascido para essa coisa de relacionamento.

Obviamente, ele estava apenas nitidamente chateado com alguma coisa que repetidamente acontecia em sua rotina amorosa. “Eu acho que nasci para ficar solteiro. Sempre começamos bem, mas o final chega rápido.” 

Outro dia, recebi um inbox de uma pessoa contando que apesar de gostar muito de uma pessoa, as coisas não estavam sendo fáceis. “Eu faço de tudo para ele gostar de mim, mas ele tem o dom de me decepcionar. Pior que gosto dele.”

Fico imaginando quando foi que as coisas começaram a ser tão complicadas assim. Vejo nossos pais e avós e percebo que sempre que eles têm um problema, a última opção deles é fugir, ou simplesmente tomar decisões pelos atalhos mais práticos, rápido e confortáveis.

Os antigos dizem que só conhecemos as pessoas depois que comemos um saco de sal inteiro juntos com ela. Poxa, a gente não come nem uma colherzinha e já atinge o estopim. A nossa geração é a que não quer passar perrengue.

É bem evidente que o mundo mudou, e muitas das coisas que nossos avós e pais toleravam a gente não precisa mais lidar, mas, será que estamos sendo moles demais com esse sentimentalismo à flor da pele? Até que ponto a gente aceitou que os relacionamentos não podem ser bem mais simples do que pensamos ser?

Todo mundo quer aprender um jeito de ser feliz com alguém. Gostaria de escolher um lado certo da cama, ter uma companhia para viajar, fazer maratonas de um filme qualquer da Netflix, construir um lar que possam conviver, comer o resto do lanche do outro quando ele já não aguenta mais ou simplesmente passar o dia todo preguiçoso na cama em um domingo. Por todo canto tem sempre alguém querendo ser feliz e satisfeito com o amor que se tem.

No entanto, há quem já faz tudo isso que mencionei acima e mesmo assim não encontre uma satisfação. Será que é porque exigimos demais do outro e da gente mesmo?

Os casais satisfeitos são sempre os que não se importam se o restaurante é pequeno, se a comida não é lá digna de Masterchef, se o outro tem um carro do ano ou uma bicicleta usada emprestada da irmã, se costuma roncar durante a noite ou tomar todo o espaço da cama, se querem morar em outro país ou numa praia deserta desconhecida, se tem um emprego promissor em uma multinacional ou se apenas gosta de ser um professor de geografia para a quinta série.

As pessoas que resolveram dar certo uma para a outra e que preferem ter um relacionamento sadio não se importam para questões egoístas de desejos, com a mediocridade de amar o minimo que der, de tomar atitudes apenas auto centradas.

O casal satisfeito foi aqueles que resolveram ir atrás de ser feliz sem ser manhoso. São como super-heróis em um mundo malvado. São felizes mesmo os que não tem medo de detalhes bobos. Melhor, que fazem questão de fazer a coisa dar certo. Isso quer dizer, lutar por algo mesmo quando não parece bem.

Todo mundo quer um relacionamento sadio. Fugir do óbvio, da discussão sem sentido, da gritaria desnecessária, da cobrança sufocante e do senso de que somos os únicos no mundo.

Todo mundo quer viver um amor que saiba claramente a razão de estar nele. Amor não deveria ser loteria. Todo mundo está querendo um grande amor. Ou, pelo menos um médio ou pequeno, mas que funcione. Ter um relacionamento sadio é andar 50% em direção do outro e contar com que ele ande também.

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