Somos formados por aquilo que acreditamos. Aquilo que cremos influenciará diretamente na maneira como permanece o nosso estado, seja ele de maior ou menor recurso, que nos dirá quais são as atitudes de devemos ou não tomar e elas nos levarão a resultados positivos ou negativos. Tudo começa na crença.
Aquilo que costumamos pensar sobre a gente, sobre nossas capacidades, sobre o outro, sobre o mundo ao nosso redor é que nos empurra para decisões mais concretas na vida pessoal, amorosa, financeira e também nos negócios.
Ao pesquisar sobre determinados empreendedores, conversar com alguns que conheço e ver minha própria atuação, descobri que existem padrões de crenças que empurram para decisões de sucesso ou para equívocos.
Qual foi o empreendedor que nunca passou por aquela velha sensação de “é melhor ficar naquilo que já domino e conheço do que tentar me arriscar em algo desconhecido e com o futuro incerto”? A falta de informações sobre o que poderá acontecer faz com que a probabilidade de dar certo pareça menor. Esta é uma primeira barreira.
No entanto, é possível descobrir que sempre temos a tendência de predizer ou projetar determinados eventos baseado em ideias construídas na consciência intuitiva ou na memórias passadas. Se você conhece alguém que teve problemas alcoolismo, por exemplo, sua experiência com o álcool poderá ser diferente da maioria.
O que estamos aprendendo sobre empreendedorismo é real?
Acredito que uma das razões pelas quais tem sido difícil acreditar nas nossas próprias ideias é porque estamos produzindo uma educação para o empreendedorismo que foca em um processo de auto reforço de uma crença coletiva de sucesso, que vai ganhando cada vez mais plausibilidade não por causa dos resultados, mas por meio da crescente repetição de discurso.
Isso não nos deixa ver o mundo do empreendedor como ele é, mas sim, como ele deveria ser. Isso arranca de muitos empreendedores a possibilidade de não tirar o pé do chão enquanto sonha e luta para atingir o que deseja.
Encontro diversos empreendedores que acreditam que ter uma ideia é o suficiente. Não é bem assim, é preciso um caminho longo de disrupção, capacitação, captação de recursos e de planejamento estratégico. Uma ideia, por mais excelente que seja, não pode ser vendida sozinha. Empreender não é apenas ter uma nova ideia, é executá-la.
É por isso que muita gente com vontade de empreender acaba se perdendo no caminho, quando se depara com fatos que contradizem algumas das crenças adquiridas nessas realidades superficiais do mundo do empreendedor, ele aprende a ignorar duros caminhos, a não encarar desafios concretos, a não se esquivar do que é apenas ideia do que é executável, e com isso, perde a oportunidade de aprender e acaba insistindo em admitir recursos errados que fortaleça sua crenças equivocadas. Ninguém quer educação empreendedora que funciona como placebo, mas é isso que atrai muita gente.
Aprender com o erros dos outros é diferente de copiar.
É claro que existem diversos empreendedores que surpreendem a maioria das pessoas com ideias brilhantes. Isso é ser inovador. Agora, não podemos ter uma educação empreendedora que é focada apenas em metodologias prontas como se fosse sempre possível ter resultados apenas fazendo (ou acreditando) em coisas porque muitas outras pessoas fizeram (ou acreditaram) na mesma coisa.
Não podemos apenas basear nossos julgamentos de realidade em situações específicas e pontuais, é preciso nunca ignorar informações gerais. Não há como saber se uma ideia vai dar certo apenas porque ela deu certo uma vez, mas é possível descobrir o que transformou essa ideia em um negócio real.
Eu sei que talvez, você pense que não é uma pessoa que acredita em qualquer um que lhe venda técnicas matadoras, modelos de sucesso, processos com garantia total, fórmulas de atalhamento, e que talvez se veja mais maduro que outras pessoas, mas isso não nos impede de procurar identificar quais são as crenças que tem nos atrapalhado na caminhada empreendedora. Você vai descobrir que não é tão esperto quanto pensa ser.
Uma das características de um bom empreendedor é saber que ele nunca domina nenhum conhecimento e não há nada que ele não precise aprender.
Você não acredita na sua ideia porque você não enxerga o que quer fazer com clareza, você não sabe onde quer chegar e isso te dá medo, você não é realista naquilo que quer e pode atingir, você não sabe definir quando começar e quando terminar projetos e essa ideia ainda não é realmente tudo o que tem, por isso, não é tudo que mais quer na vida. Comece por aí.
Você não acredita em sua ideia, porque simplesmente ela é ainda, apenas uma ideia e não a razão da sua vida.
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