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E se só vivêssemos sem tentar ser mais feliz?

Eu apenas queria ajudar você com umas coisas que tenho pensado e possa te fazer observar as coisas da sua vida de outra forma.

Colocamos muita pressão em nós mesmos para fazer mais em busca da felicidade, ser mais isso ou aquilo, ou ir mais fundo em determinada situação, mas, se gastássemos tempo percebendo a felicidade superficial como algo também importante?

Eu não sei vocês, mas meu círculo social está mudando. Mais uma vez. Penso que de tempos em tempos a gente meio que entende ser normal algumas pessoas mudarem e as tarefas irem se modificando. Para falar a verdade, aprendi que isso é até saudável. O que podemos ser fora do que conhecemos?

O mais maluco é quando essas mudanças aconteciam numa época mais jovem, eu até tentava realinhar expectativas novamente ou até mesmo tentava criar ambientes para simular situações em que aquela velha fase voltasse a ser divertida. Porém, hoje, depois de passar por isso na vida algumas vezes, acabo dando permissão para dizer e ouvir “adeus” e reconhecer que essas pessoas e momentos fizeram parte de algo importante da vida por um determinado período.

Nem toda felicidade é acompanhada. Se alguém não está tão perto como costumava estar, sempre fica tudo bem. À medida que vamos vivendo, acostumamos a levar conosco tudo o que aprendemos com as conexões e à medida que vamos fazendo novas ao longo da jornada, vemos a vida andando em passos largos rumo a pequenas realizações.

Outro ponto importante para lidar melhor com a felicidade superficial foi notar que estou finalmente começando a reconhecer a minha necessidade de descanso. Não só aquela dormidinha sem compromisso assistindo uma série, mas também me dar ao luxo de não atender ligações, ignorar redes sociais ou até mesmo dizer para um cliente que não quero fazer aquele projeto porque não me sinto conectado com a ideia dele.

Mesmo em pequenos passos, algo em mim sabe que eu não preciso mais correr atrás de coisas que antes usava para me validar. Aprendi a ser mais feliz lidando com as coisas que realmente preciso lidar, tratando a realidade do que sinto, penso e sou com seriedade. Sempre pensando que lá na frente agradecerei por ser coerente comigo mesmo.

Isso me trouxe para mais perto da felicidade simples porque fiquei sem medo de aprender mais sobre meus pensamentos sombrios e dizer-lhes quem manda na minha mente. Tive que assumir que alguns dos meus defeitos machucam pessoas e recalcular rotas saudáveis, perceber meus impulsos de preconceitos e educá-los, me ver, por vezes, preguiçoso, maldoso, impaciente e sem culpar a nada e ninguém, encarar isso. Respeitar quando simplesmente quero embora de algum evento que não faço questão de estar sem medo do que vão pensar ou até mesmo admitir que não vou nem sair de casa porque não quero. Simples assim.

Aprendi a desvincular o meu trabalho de quem eu mesmo penso que sou, de como eu penso que as pessoas precisam me perceber e até mesmo a distanciar meu desejo de escrever por passatempo daquela obrigação em escrever para atender a demanda de trabalho. Aprendi que precificar passatempo, o mata.

Tenho descoberto mais felicidade também no processo de aprender. Entendi que não sei muita coisa da vida. Desenvolvi a capacidade de estudar de verdade aquilo que tenho interesse e surfar na onda de entusiasmo com curiosidades pequenas que antes dizia que não tinha tempo.

Aprendi a assistir programas idiotas sem ter que ficar julgando que não estava fazendo algo realmente produtivo com meu tempo. Aprendi a fazer piadas banais, a ter conversas tolas e a dizer abobrinhas sem parecer inteligente numa mesa de bar. Descobri que descanso não é evitar a fadiga, mas é aprender a recuperar energias gastas num longo e bom trabalho.

Percebi felicidade em águas rasas. Não preciso mais sentir aquela adrenalina de estar afundado até o pescoço para aprender a nadar. Já aceitei que sou um nadador na média. O suficiente para sobreviver. Não preciso ir mais fundo para testar.

Tenho sabido, enfim, colocar em palavras os sentimentos para não criar mais confusões na comunicação com pessoas, para dar nomes certos as coisas, para não criar truques retóricos de autoenganação. Por fim, alcancei o estado de desejar ver tudo de maneira real e lutar por uma vida mais intencional.

Eu não tenho mais medo de julgar duramente todo mundo com meus olhos, de me pegar em rodas de fofoca, de menosprezar ideias que considero frágeis, mas também sei reconhecer que preciso lidar com isso com maturidade quando os olhares dos demais se voltarem para mim.

Agora sei reconhecer que algumas pessoas estão simplesmente em um lugar diferente do que estou e elas podem ficar onde elas gostam de repousar, mas que isso não me impede de ir até elas e buscar algo a mais para mim.

Finalmente, estou encontrando felicidade em uma espécie de paz por saber que as coisas boas demandam tempo investido. Tenho sido mais feliz em esperar. Comecei a prestar mais atenção no que as pessoas dizem, atento aos mínimos detalhes das entrelinhas, sem criar paranoias a respeito de impressões, mas focado no que elas falam e não no que suponho que elas quiseram dizer.

Em certos momentos, alimento um respeito enorme por quem resolveu andar comigo até aqui. Estou feliz porque algumas coisas simplesmente não me incomodam como costumavam antes. Mesmo que nem tudo esteja resolvido.

Para quem está chegando agora nesse lugar de felicidade simples, a vida exigirá muito de você por tomar essa escolha. Mesmo quando você tem mil coisas para fazer, não há problema em desejar um ritmo mais lento para não sacrificar a felicidade no altar das boas impressões.

Não há problema se seus níveis de energia não estiverem a todo vapor. Desde que não deixe a peteca cair. Desde que garanta que deu tudo. Você pode mudar o caminho. Não importa que ele ainda seja desconhecido, deixe os ritmos naturais das coisas acontecerem e pegue carona.

Para ser um pouco mais feliz, ou tentar, admito que não dou conta da frequência acelerada, da consistência volumosa, da velocidade desumana e do senso de urgência apitando em que tudo circula neste mundo. Comecei a reduzir para conseguir respeitar como quero experimentar a felicidade e o que ela tem a ver com quem quero ser.

Espero que você acorde um dia assim também e veja que depois de todo essa infelicidade sufocante que não levou para o tão sonhado conforto ou a tão almejada felicidade plena, constate que o algo novo realmente chegou. Tardou, mas chegou.

Espero que seu coração esteja aberto ao inesperado e à possibilidade do que a felicidade comum pode ser, mesmo que você esteja enfrentando uma quantidade infinita de incertezas, ainda dá para aproveitar da felicidade trivial, vulgar e natural.

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A felicidade não está fora de moda, a gente é que está sem estilo

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É verdade que ninguém sabe o endereço completo da plena felicidade. Se é que ele mora num lugar só. Eu sempre desconfiei de todo esse papo de gente que acredita que ela é um lugar para se chegar, um objetivo imediato a ser atingido no fim de uma corrida enorme de tarefas.

Eu gosto mais de pensar da perspectiva que talvez ela seja apenas um jeito de olhar a vida. E não tem nada a ver com aquela conversa enfadonha de autoajuda escrita por gente mandraque. Estou falando de reconhecer momentos felizes como um alívio cósmico, uma sobra de oxigênio, uma dadiva imerecida.

Assim como ninguém merece felicidade, ninguém merece a desventura. Ela está fora de moda porque a gente elevou muito a régua do que é realmente ser feliz. Na nossa mente alvejada, felicidade é coisa de gente abastada.

Tem gente que imagina que ser feliz é estar num país livre de corrupção e com políticos melhores, outros percebem essa felicidade nos dígitos do “saldo disponível para saque” e existem aqueles que acreditam que toda essa alegria interminável está nos sucessos recorrentes do dia-dia ou até mesmo no fato de ser famoso no Instagram.

Eu conheço pessoas que cruzaram o mundo atrás de uma euforia diferente e a confundindo com felicidade, mas tudo o que descobriram é que não adiantava mudar o ambiente enquanto tivesse que se deparar consigo mesmo. Talvez a felicidade não seja mesmo um novo lugar.

Não adianta trocar de ambiente para correr dos problemas, fingir demência diante das demandas, a felicidade é dar-se bem consigo. Não muito e nem sempre, mas o suficiente para que consiga não frequentar farmácias como se fossem shoppings.

A felicidade pode ser detectável, mas nunca rastreável. Ela some e aparece como um furtivo ninja. Ela é como um final de semana que chega para tirar o stress recorrente de um trabalho cansativo. Aliás, a felicidade não precisa ser uma atividade. Tem gente que é feliz não fazendo nada. Absolutamente nada. Um dia deitado no feriado. Uns minutos de paz quando os filhos finalmente dormem. Uma monótona tarde de domingo. Não tem regra.

Nessa caça a felicidade triunfante tem gente apostando alto. Dando all in numa mão duvidosa. Apostando tudo que tem em fichas irreconhecíveis. Esperam encontrar satisfação total em um casamento, em uma carteira de trabalho assinada, numa mudança milagrosa e visceral na vida. Sobrevivendo jogando na megasena para começar a viver.

Há também a tal da felicidade adiada. Aquela que tem nota promissória. Aquela alegria deixada para quando os filhos crescerem, para quando foi promovido, para quando tiver tempo sobrando, para quando não depender dos pais, para quando terminar a faculdade, para quando sair do hospital, para quando o Brasil tiver melhor… para um evento futuro.

Alguns vivem a felicidade negociada. Aquela que nos faz abandonar a nossa felicidade por uma bandeira ideológica, por causa de uma pessoa, devido a um trabalho, por um bem coletivo, por razão de um sacrifício existencial.

Para fechar essa conta, temos que colocar no balanço as felicidades simples. Fechar um novo negócio, sentir-se finalmente útil, recebe um elogio de quem nunca te disse oi, achar dinheiro no moletom, ver seu filho dizer algo inteligente, descobrir um amor enterrado, mudar de profissão, dormir sem hora para acordar, ter água gelada na geladeira depois de uma corrida.

Pode ser comprar uma viagem. Ou melhor, comprar uma viagem com cupom de desconto para o destino que sonhou. Descobrir um novo hobby, se interessar por certas coisas e descobrir que envelheceu, conseguir fazer um origami, não se acostumar com o mendigos e crianças nas ruas.

A felicidade só está fora de moda quando não alimentamos prazeres secretos. Ter a sorte de ler um livro muito bom. Ouvir repetidas vezes a mesma música. Entrar num cinema com doces das Americanas. Um travesseiro da NASA. Um final de semana na fazenda como desculpa para não te encontrarem.

Na falta de um estilo de felicidade, abuse do Boho chic. Use um boudoir de pequenos prazeres. O segredo da felicidade é high-low. É misturar menos com mais. Altos com baixos e desfilar. Às vezes, hype. Por vezes, vintage.

Seja feliz por enlouquecer sempre que der. Seja feliz sem fazer de algo sua única fonte de felicidade.

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O que não te contam sobre ser livre para viver o que bem entender

Já faz algum tempo que encontro em mim a coragem de ser. Tenho, de certo modo até obsessivo, sido repetitivo e insistente em dizer que só somos livres quando passamos a assumir aquilo que nos rege sem medo do que pode vir adiante.

Volto, de maneira monomaníaca ao mesmo ponto por uma razão simples: Ninguém deveria ter de recorrer a encenações para empolgar auditórios, nem tampouco ter de manter-se em papéis esdrúxulos para que sinta-se um pouco mais parte de algo. É covarde e doloroso ter que simular tudo que se vive.

Abro aspas para uma nota em letras garrafais: Estamos bem diante da era do vício à personalidade, por isso, usamos a o discurso de ser livre para legitimar sermos o clássico babaca devoto de si próprio.

Como é que uma pessoa decide abandonar alguns disfarces?

Olho para trás com coragem como quem faz uma reflexão minuciosa e percebo a abundante carisma distribuída de maneira desnecessária e o desperdício de expediente com paisagens plásticas. Percebo que atrás de muito sorriso estético, pode se esconder uma inestimável pobreza de conteúdo legítimo.

Quando nos transformamos em simples caixas de ressonância de ideias simuladas, de teses renomadas porém falsificadas, de certezas espúrias e consentimos para evitar conflitos estamos bem diante de uma flagrante crime da dissimulação treinada.

Por bem dizer, senti que tava mais do que na hora de encarar perguntas difíceis, enfrentar castelos mentais como um iconoclasta sênior e deixar de evitar questionamentos que possam me indispor com aqueles que adulam a falsa cortina da aparência. A máxima regente tornou-se: Quando poupamos os lobos, condenamos as ovelhas.

A valentia do desaforo por trás do brio

Fugi da sedução de construir-me como um mito imbatível para descer ao chão da existência com maior rigor, deixei de gastar minhas economias emocionais defendendo o lugar-comum.

Fiz questão de disparar e golpear clichês a ermo sem me ocupar com os arrotos petulantes de alguns. Debrucei sobre a minha escrita para evidentemente desmontar chavões como uma prece nada cuidadosa. Minhas frases se tornaram agressivamente macias na mente de quem me lia.

É totalmente possível que você já tenha passado por um momento em que sofreu passivamente pequenas violações cotidianas que te transformou em pequenos e esquecidos destroços boiando pelo mar furioso. Apenas seguindo algo que não conhecia.

É preciso um pouco mais que coragem e autoconfiança para desfrutar do quão ruim pode ser estabelecer limites para a sua própria idiotice vil. O preço a pagar pelo resgate do resto que sobrou da gente e montar uma nova estrutura rígida é comprometer até as últimas moedas de ouro nesse novo empreendimento.

Há sempre uma esquina para habitar

A boa notícia é que há sempre espaço nessa viagem rumo ao desapego daquilo que não gostaria de ser. É uma turbulenta excursão. É mais que um passeio, é uma peregrinação longa, perigosa, cansativa e altamente implausível, mas integralmente redentora.

Aqui, neste lugar onde podemos ser a gente mesmo, deixamos de querer provar ser amáveis ​e dignos do respeito alheio e ganhamos o direito de proferir um som inaudível de liberdade que não precisa comprovar sua patente testemunha.

Bem neste lugar da coragem de ser, aprendemos que expôr-se demais faz as pessoas nos odiar, que viver apenas como se deseja nos torna alvos fáceis da retaliação alheia, que falar tudo que pensamos nos transformar automaticamente em uma pessoa horrível para os demais , mas que calar-se, fingir, esconder e acovadar-se também.

Neste canto de concretude abissal, lidamos bem com a realidade de que eventualmente sairemos machucados gravemente das relações, que poucas pessoas realmente vão ouvir o que temos a dizer, que eventualmente, a vida revida tudo com imensa força, que nem sempre nossas necessidades possam ser realmente atendidas, mas é aqui, neste desconforto, que aprendemos a ser sem ter medo de viver.

O xeque-mate da realidade

Do lado de cá, sabemos que passamos rapidamente. Estamos perigosamente sempre próximos do último olhar, respirar, agir e amar. Acostumamos com os passos lentos que nos corrigem didaticamente e nos fazem descobrir um novo ritmo, nos familiarizamos com o timbre educativo da voz da vida, nos condicionamos com o esgarçar das etiquetas vãs e com a ineficiente dos remendos morais.

Somos pegos de surpresa pelo flagrante incontestável: A vida é um momento ligeiro. O que sobra além dos confortáveis, mas curtos acolchoados de uma vida sem sentido? Nada. Mentimos, porque mentir funciona.

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O que não te contam sobre fazer da gentileza mais que uma modinha

Depois de uma dermatite, resolvi que ia procurar um médico. Durante a consulta com o especialista, aponto para a estante de livros e pergunto sobre uma foto que me chamou a atenção.
Por cima dos óculos, ele olha na direção, pausa a receita médica que fazia e dispara: “Você disse que é escritor, não é? Então, se prepara para uma boa história, garoto.”

Empolgado, ele me conta que participa todo ano de um programa de voluntariado com pessoas do mundo todo. Ele e outros médicos, dedicam 4 meses, geralmente em alguma região economicamente precária do planeta, a atender pessoas em condição de miserabilidade, tudo isso via uma organização mundial bem conhecida.

Entre um detalhe e outro, ia me contando deixando nítido sua postura de felicidade, o sorriso saudosista deixava claro o senso de utilidade, usava uma linguagem positiva e seus olhos brilhavam denunciando de uma maneira especial, que ele sabia o bem que fazia as pessoas quando estava lá.

Confessou-me que apesar de ter conquistado muito reconhecimento profissional, de ter conquistado uma condição financeira segura, ele esperava ansioso todo ano por aqueles meses como uma criança espera o Papai Noel no fim do ano.

Interrompi sua empolgação e conclui: “Doutor, vejo os olhos brilharem quando o senhor conta isso. Quer saber o que é isso? É a sua gentileza o levando ao cerne do que o senhor veio para fazer no mundo. Acontece que sua gentileza não é propaganda, não é fabricada, é algo que carrega consigo.”

A gentileza como parte do ser humano

A maioria das pessoas gosta de pensar em si como uma pessoa gentil. Os atos de bondade que realizamos nos ajudam a construir uma identidade positiva sobre nós mesmos. Consequentemente, nos autopercebemos como alguém generoso e isso nos faz sentir um tanto menos culpados e, automaticamente, mais orgulhosos do que descobrimos que podemos sentir, ser e fazer.

Diante de um mundo enraizado no individualismo e no narcisismo — especialmente no ambiente digital — ser gentil e exercer a empatia é visto como algo extraordinário. Não é complicado ser gentil em certas ocasiões, difícil é ter uma mentalidade de generosidade constante.

É claro que existem diversas maneiras diferentes de perceber e praticar pequenos atos de gentileza, mas em um mundo absolutamente sem empatia, qualquer ação em prol da cortesia e da delicadeza nos deixa abismados.

Temos falado muito sobre o assunto atualmente. Já foi o tempo em que a gentileza era coisa de monges budistas nas montanhas do Tibet. A polidez usual é instrumento necessário e importante na vida individual, nas relações coletivas, no mundo dos negócios e em um mundo cada vez mais plural.

A gentileza não é mais um superpoder e não deveria ser vista como atributos de um super-herói, mas tem que fazer parte de uma realidade diária e estar inserida nos meios mais convencionais da humanidade. Não pode ser um palanque para se promover, tem que ser uma alavanca de ações em prol do outro.

Quando falamos de cultura da gentileza, estamos falando de que?

Parece-me que é mais comum encontrar a ideia de ser gentil sendo praticada em ambientes em que não existem obrigações claras e que não possuem relações de compromisso e responsabilidade. É muito mais fácil ser gentil com uma criança da Africa do que com aqueles que convivemos todos os dias.

No ambiente de trabalho, por exemplo — cercado de hierarquias, fomentado por competições, ambientados com disputa, vendo o concorrente como alvo de eliminação, valorizando uma alta velocidade nos reasultado —  o assunto ainda é muito recente. 

De igual modo, nos ambientes familiares, a cultura de gentileza exerce mais um papel diplomático, do que demonstrar qualquer interesse em compreender e reconhecer fragilidades alheias. 

Apesar de parecer que a empatia esteja mais presente em ambientes de amor, é justamente o contrário que costuma acontecer. O ambiente do amor tem peculiaridades comportamentais muito mais nocivas, pois carrega consigo uma hostilidade provocada pela liberdade, pela obrigação do perdão e pela constante aproximação que o senso de comunidade traz. Dizemos as maiores e mais indelicadas atrocidades em nome de uma suposta intimidade.

É por isso que a cultura de gentileza tem a sua estreita relação com o exercício da empatia, com a prática da escuta ativa, com o esforço para o entendimento mútuo e e o reajuste de sintonia possíveis.

Ser gentil não é tão difícil quanto parece

O que não te contam sobre a gentileza é que é mais do que preparar discursos sobre se colocar no lugar do outro e forçar um ambiente artificial. Ser gentil tem que ser encarado como uma oportunidade constante. É obrigatoriamente se despir inicialmente de todo e qualquer argumento bélico, parar e se conectar com os outros.

O desafio de criar mudanças organizacionais e sociais que nos ajudem como os nossos modos de olhar a vida, os preconceitos que construímos a longo do tempo e barreiras psicológicas que nos impedem de estar ligados ao outro.

A gentileza é obviamente uma sequencias de aulas que vão resignificando pequenos trechos da vida inteira e é por isso que é a coisa mais importante que você pode fazer por você, pelos outro e pelo mundo.

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