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O que não te contam sobre prestar atenção nas pessoas, lugares e coisas

Corriqueiramente, me dizem: “Você olha bem nos olhos da gente quando está conversando, né?”. E toda vez, tenho que explicar que aprendi isso com um velho amigo.

Apesar da idade já avançada e da sua super sabedoria adquirida, ele deixava todos que conversavam com ele com a impressão de que aquilo que diziam era a coisa mais importante do mundo. 

Até hoje, carrega consigo sempre um olhar de quem presta atenção em cada palavra que dizem a ele. Vai ver é por isso que é uma das pessoas mais inteligentes que conheço.

Antes mesmo do ofício de jornalista, me consideravam um atencioso ouvinte. A vida dedicada à escrita nos presenteia com o dom de observar tudo e todos a nosso redor. A capacidade de ler realidades, extrair lucidez, pontuar didaticamente a vida e perceber detalhes com clareza é um triunfo para quem trabalha com a escrita.

Claro que isso não pode ser encarado como um super poder raro. Muitos de nós sofremos com este problema de viver em um mundo totalmente abarrocado de informações e suscetíveis a desenvolver a incapacidade de ficar focado adequadamente no que realmente é importante no presente.

Temos que aprender a observar a vida com cuidado 

Não importa se estamos diante do trânsito caótico, que aparentemente faz parte do cotidiano, ou se estamos em uma bela praia paradisíaca num dia lindo, temos que nos desdobrar para aprender a olhar com cautela para o que está a volta. Digo observar buscando ver realmente o presente.

Temos que aprender a manter a mente onde nosso corpo está. Um bom exercício que pratico é fazer questão de virar o celular para baixo diante de uma mesa de bar, e a razão é bem simples: Se alguém decidiu estar comigo e me ceder um pouco da sua presença, é, ao menos recíproco, inclinar-me para o que ela diz.

Você já pensou que pessoas, lugares e coisas têm uma certa peculiaridade que jamais será vivida novamente? O que torna o presente o melhor momento é que ele não pode ser editado como o passado e nem projetado como acontece com o futuro. A vida está ali. Ao vivo e a cores. E isso muda tudo.

A mente junto do seu poder criativo, involuntatiamente tendem a construir uma ponte que nos dá acesso a um universo natural de viagens temporais. No entanto, esquecemos que quem está no controle desse trajeto mental e dirigindo esta locomotiva de pensamentos somos nós mesmos.

A falta de observar o presente com detalhes nos faz escorregar na impressão que há algo de mais significativo e interessante fora dali. A nostalgia ou no porvir são criações que nos deixa esquecer do instante ocasional e nos faze perder a oportunidade de vivenciar momentos e instantes insubstituíveis.

Quando nos educamos para estar presente naquilo que os olhos veem, nos damos conta de que somos testemunhas de uma grande quantidade de possibilidades.

Não só os olhos nos tiram o foco

A reação com o ambiente em que estamos tem o poder de nos distrair do que realmente importa. Já faz algum tempo que não consigo frequentar alguns lugares que me sufocam de informação. E a razão é bastante simples: Não tenho mais interesse no que não importa.

A ilusão de que precisamos estar atentos a tudo que acontece nos deixa cansados, e por vezes, desatentos do fundamental. As paisagens que estamos inseridos têm o poder de corromper a nossa concentração. É muito mais fácil estar diante de uma obra de arte desconhecida do que de uma conversa monótona de Uber.

Estamos sendo vagarosamente submissos a uma cultura de mentes caóticas, ou seja, existem tantas coisas que passam pelo nosso cérebro, que somos incapazes de conseguimos filtrar. Esta é a razão da fadíga mental. Não é incomum vermos pessoas fingindo que ouvem as outras enquanto bisbilhotam qualquer rede social em seus dispositivos móveis.

Devolvendo a atenção no lugar certo

O que não te contam sobre a atenção é que precisamos aprender a realocar nossa atenção. Isso não quer dizer nunca mais se distrair, mas sim, criar uma disciplina para entender as razões e motivos que nos deslocam do que realmente é importante.

Precisamos estar preparados para lidar com o jeito esquisito que nos acostumamos a não nos interessar pelas pessoas, pelos lugares e pelas coisas banais da vida. Todo mundo sabe que sua atenção está localizada em ambientes fora do presente, mas aprender a observar-se é também crescer como pessoa.

Se aprendermos a reconduzir nossas atenções, talvez possamos também gozar mais da vida em momentos únicos com outras pessoas, e perceber a felicidade presente nos detalhes e, quem sabe, trazer um novo significado para tudo aquilo que somos, pensamos e vivemos. 

É somente entendendo onde está e onde deve ficar nossa atenção que podemos pertencer ao agora, sem dar lugar àquilo que já foi ou a àquiolo que ainda não é real. O lugar que está sua atenção é para onde voce pisa.

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