propósito

Propósito: Para fazer o que você ama, precisa fazer o que não ama

Na vida, você não vai fazer somente o que gosta, mas também não precisa fazer o que não gosta pelo resto dela.

O mundo do empreendedorismo está muito agitado. Acho que há muito tempo não víamos tantos jovens com o desejo de se libertar dos padrões de trabalho convencionais e aderir aos novos modelos que vem nascendo. Quem já trilhou um pouco desse novo mundo, deve estar familiarizado com os termos como: Nomadismo digital, home-office e freelancer.

É óbvio que esse sentimento nasce não só por causa da evidente falência dos sistemas vigentes tradicionais, mas também da necessidade de reinventar um modelo de trabalhar mais criativo, colaborativo e independente.

Um outro fator importante é a frequente emancipação dos indivíduos das instituições de ensino. Na era da informação, muita gente corre atrás de uma capacitação por conta. Tem muita gente aprendendo a fazer muita coisa bacana sem pisar numa sala de aula. A internet viabilizou não só isso, como criou muitas novas profissões.

Junto com esse monte de novos profissionais e a onda de empreendedorismo de power point, surgiu um mito de que: É possível fazer somente aquilo que que ama.

(Se você está gostando do artigo, siga-me e não perca mais nenhum)

Trabalhando somente com o que ama é mentira

Confesso que tem muita gente fazendo excelente trabalho em despertar pessoas para saírem de um caminho comum, acomodado, engessado e se aventurar pelo mundo mais real do empreendedorismo, mas precisamos também falar dos gurus oportunistas. Como bem definiu o professor Clóvis de Barros : “O grande segredo do Guru é dar a palestra e cair fora rápido”.

Desde que entenderam que não precisam de uma carreira medíocre, todo tipo de trabalho remoto é atrativo demais para a juventude que cresceu em meio a um boom de gente ficando rico vendendo o empreendedorismo de palestras.

Uma das coisas que eles não dizem é que antes de querermos um trabalho remoto, precisamos adquirir maturidade. E desculpem, mas maturidade vem pela porrada. Sim, é preciso dar muito com a cara no muro para se aprender a colocar capacete.

Além disso, por mais que alcancemos uma independência de cartão ponto, da CLT, ou dos chefes abusadores, ainda sim, algumas tarefas indesejáveis farão parte da sua vida. Não tem como fugir de certas responsabilidades, mesmo que seja um autônomo.

Pior que ter um patrão, é saber ser seu próprio

Creio que o problema da maioria das pessoas são os chefes que são pressionados no topo da pirâmide e vão passando a pressão para todos os níveis abaixo. No entanto, não é se livrando de um patrão que fará com que você não tenha pressão.

Existe uma falsa sensação de que quem opta pelo caminho de ser seu próprio patrão tem mais tempo livre, menos cobrança e mais liberdade. Será que realmente todos estão preparados para assumir a imensa responsabilidade de ser o gestor de suas tarefas e do seu tempo hábil de produtividade?

Ter nem que sair de casa para trabalhar é o novo sonho da juventude. Além disso, o luxo de poder viajar, tomar um café, ir buscar as crianças na escola, é a realidade que muitas pessoas pensam em viver. Essa realidade só será permitida se conseguir fazer tudo isso sem te impedir de trabalhar com qualidade. O desafio de ser seu próprio chefe acaba sendo maior ainda.

Você será o setor de vendas, de marketing, o SAC, o RH…

É mais ou menos como morar sozinho. No começo, se você não lavar a louça, ela vai ficar lá na pia por dias e dias. E a única pessoa que pode resolver isso, será você. E apagar incêndios, nem sempre é a coisa mais prazerosa do mundo. Lidar com clientes, resolver pepinos de fornecedores, abrir novos negócios, analisar o mercado, contratar terceirizados, tudo dependerá exclusivamente de você.

Com o tempo, vai aprendendo a lidar com as situações, mas até lá vai ter que fazer muita coisa que realmente não gosta de fazer. Mesmo o melhor trabalho do mundo, não fará sua vida mais leve e tranquila. Pelo contrário amigão, os feriados serão mais raros, as noites bem dormidas podem ser menos frequentes, você será o centro das coisas.

Por que, mesmo assim, vale a pena empreender?

Sobre essas demandas do empreendedorismo ninguém coloca no slide. Portanto, se você sente mesmo uma veia empreendedora saltando do seu pescoço e sabe que aquilo ali é tudo que quer gastar seu fôlego, seu gás, seu tempo, sua vida, não se esqueça, para ser um bom empreendedor é preciso muito trabalho. Quando a demanda aparecer, ninguém vai fazer para você.

Ser empreendedor é maravilhoso, mas não pense que criar um produto e vendê-lo fará da sua vida mais tranquila e calma. Ser empreendedor só faz mais sentido quando se é plenamente dedicado as atividades, mantendo a qualidade, o foco e a dedicação, mas também é colher tudo que plantou. E até para colher frutos, exige-se muito trabalho não é?

GOSTOU DO TEXTO? APRENDA A USAR FERRAMENTAS TÉCNICAS TOTALMENTE PRÁTICAS E APLICÁVEIS PARA TER MAIS RESULTADOS REAIS COM SEU PÚBLICO, CLIENTE E AUDIÊNCIA.

APRENDA A USAR STORYTELLING | BAIXE O LIVRO GRATUITAMENTE

SITE | LINKEDIN | FACEBOOK | INSTAGRAM | MEDIUM | NEWSLETTER

Não perdi o emprego, perdi o propósito

Não é que estamos atrás de um trabalho que seja perfeito, mas sim de um que nos devolva o direito de ter um propósito.

Todas as graças da mente e do coração se escapam quando o propósito não é firme. William Shakespeare

Lembro que trabalhei em um empresa em que nas sexta-feiras todos do setor tinham que vir vestidos com uma cor específica ou fantasiado. Era uma maneira de tornar o trabalho mais divertido. Eu achava aquilo um grande porre, mas o RH achava que isso nos motivaria a trabalhar melhor.

Eu ficava vendo aquele monte de gente fazendo um esforço danado para fingir que o trabalho era legal enquanto a empresa pensava em novas gincanas bobas para nos distrair e não pensar que estávamos em busca de metas. A empresa fingia que funcionava, e a gente fingia que trabalhava bem.

A nossa geração desanimou com o trabalho

Talvez seja por isso que a nossa geração anda desanimada demais com o trabalho. As empresas não conversam a mesma língua dos seus funcionários. Fala-se tanto de propósito, de engajamento no trabalho, de “fazer parte de um time”, “vestir a camisa da empresa”, mas esse papo pode ter funcionado por um tempo com outras gerações. A nossa, queira eles ou não, é um pouco mais inconformada com as estruturas rígidas dentro das empresas. E não é apenas rebelião juvenil não, é que nós não temos aceitado desperdiçar a vida sem sentido.

É verdade que nós temos problemas em aceitar com facilidade os processos e programas que são colocados em prática nas empresas que atuamos. Há sempre quem se mostre insatisfeito, e isso faz com que não vemos realmente um futuro longo dentro de uma mesma empresa.

Creio que isso ocorre porque gostamos de ser desafiados ao novo sempre, mas os departamentos de RH confundiram “novos desafios” com “metas abusivas” e isso acaba mais irritando que contribuindo.

Motivação pessoal nem sempre tem a ver com a empresa que trabalhamos.

No entanto, vejo que os problemas não estão somente nos gestores, afinal,a motivação também é parte de cada pessoa. Uma pessoa que perdeu o propósito não se ajoelha nem diante de pacotes de benefícios atraentes, salários acima da média ou programas de carreiras. Uma pessoa motivada é uma pessoa que sabe para onde vai.

Se alguém passa a vida buscando somente fazer coisas que gosta não estará satisfeita nunca e constantemente é conduzida ao mal-estar. No entanto, se conseguimos fazer uma tarefa com propósito já conseguimos enxerga um pouco de significado em trabalhar. Estar em uma meta míope nos deixa confusos. Colocar somente o seu próprio bem estar antes de aceitar um desafio acaba nos empurrando para uma direção de más decisões.

Propósito e valores tem valido mais que dinheiro

O propósito tem quase sempre a ver com os valores pessoais. Acredite, nem todo mundo acredita que o dinheiro é a maior recompensa. Por isso, as pessoas gostam mais de trabalhar em um lugar que tem a ver com o que ela acredita do que em um lugar que quer obrigá-la a acreditar em algo.

Cada vez mais buscamos significado em algo que fazemos, ainda mais se o que fazemos ocupa boa parte do nosso dia. As empresas se esqueceram de quesomos movidos por uma causa pessoal e pelo valor, até no local de trabalho. Fica óbvio que teremos melhor motivação caso a causa da empresa seja alinhada de seus funcionários e a deles a da empresa.

Nós não queremos apenas um emprego, queremos um propósito.

Podemos ainda ter uma carteira assinada, mas se perdermos o mais importante, devemos nos perguntar:

  1. Afinal, o que é importante para mim neste momento?

O que gosta hoje, pode mudar amanhã. Sempre se pergunte isso.

2. O que fará sair da cama valer a pena?

No que este trabalho ajuda na sua vida e na vida das pessoas?

3. Como eu gostaria de ser remunerado para isso?”

Sem deixar de ser realista, você precisa de quanto para viver com que precisa?

O que é o propósito?

O propósito é o que nos faz tomar as decisões, influenciam em nosso comportamentos, dirigem o estilo de vida que levamos, moldam nossas ações e reações. Por isso, quando uma empresa divide com a gente seus propósitos, logo trabalhamos mais motivados. A sensação de que nosso trabalho não é em vão é que nos faz acordar.

Claro, esse alinhamento ainda é um caminho longo a ser trilhado, mas acredite, será necessário cada dia mais empresas e funcionários andarem nessa direção. Temos que reinventar um novo modelo de trabalho. E, é urgente.

GOSTOU DO TEXTO? APRENDA A USAR FERRAMENTAS TÉCNICAS TOTALMENTE PRÁTICAS E APLICÁVEIS PARA TER MAIS RESULTADOS REAIS COM SEU PÚBLICO, CLIENTE E AUDIÊNCIA.

APRENDA A USAR STORYTELLING | BAIXE O LIVRO GRATUITAMENTE

SITE | LINKEDIN | FACEBOOK | INSTAGRAM | MEDIUM | NEWSLETTER