Você já se viu em situações em que desejava poder se destacar mais? Talvez em uma apresentação no trabalho, em um encontro com amigos ou até mesmo em momentos simples do dia a dia. É normal querer mostrar o melhor de si, mas às vezes podemos nos sentir presos em padrões de comportamento que não refletem quem realmente somos ou quem gostaríamos de ser.
Chega daquele papo de melhor versão. Ninguém precisa de versão de si, mas precisa de si na íntegra. Com tudo que tem e saber ir afinando essa realidade de si. O segredo para superar essas limitações está em conhecer o seu melhor personagem. Assim como atores não se modificam na essência, mas assumem diferentes papéis em cena, podemos aprender a nos transformar para enfrentar os desafios da vida com mais confiança e eficácia.
Tornar-se um sujeito melhor envolve um processo de autodesenvolvimento contínuo, onde você se esforça para aprimorar suas habilidades, características e comportamentos. Mas como a teoria do Storytelling ajuda nisso?
Histórias são sobre autoconhecimento
O autoconhecimento é a base para o crescimento pessoal. Vamos cortar o papo furado. Não estou aqui para adoçar seu ego; se você quer crescer, é hora de encarar a realidade, sem lentes distorcidas. A verdade é que entender a si exige um mergulho sério em suas próprias profundezas, lidar com suas forças e suas falhas, e sacar o que realmente te motiva.
O storytelling não é só uma firula, é uma ferramenta fenomenal para isso. Contar sua história de vida não é só sobre construir narrativas; é sobre escavar verdades brutais sobre sua pessoa. Identificando os pontos que precisam de uma reforma, você monta o palco para a sua própria saga de autodescoberta — e, meu amigo leitor, esse roteiro precisa ser honesto, com metas que não só soem bem, mas que sejam verdadeiramente alcançáveis.
Quer umas dicas de como realmente chegar lá?
Tire um tempo todos os dias para escrever. Não, não é diário de adolescente; é seu relatório de campo pessoal. Anote suas batalhas, vitórias, pensamentos sombrios e momentos de eureca. Isso vai te ajudar a ver padrões e ciclos em sua vida.
Medite sobre suas próprias ideias. O que você realmente valoriza? Suas ações estão alinhadas com esses valores ou é tudo fachada? Esse exercício de auto inquirição é crucial.
Busque feedback. E aqui não vale chororô. Peça a amigos, família, colegas de trabalho que sejam sinceros sobre seus pontos fortes e suas misérias. Sim, vai doer. Mas como costumo dizer, às vezes a verdade dói, mas também liberta e transforma. Então, preparado para essa viagem? Não prometo que será fácil, mas garanto que será verdadeira.
Histórias são sobre autoeducação e aprendizado pessoal
A busca constante por conhecimento é um princípio fundamental para mudar as coisas como são. Falei com minha psicóloga essa semana e admiti que sou viciado em absorver conhecimento. E quer saber? Isso realmente me libertou da maioria das idiotices que as outras pessoas vivem repetindo.
Olhe para os personagens de um livro ou filme; eles estão sempre lá, enfrentando dilemas, buscando saber mais para não se ferrarem. Por que não roubar essa ideia para a realidade? Mete a cara nos livros, seja o curioso chato do grupo, encha sua agenda de conhecimento. Cursos, palestras, workshops — tudo isso pode te ajudar a ver as coisas por uma nova ótica.
Descubra o que você não sabe — seu próprio “mapa da ignorância” — e ataque esse desconhecido. Estabeleça objetivos claros. Pode ser aprender a tocar guitarra, mergulhar fundo em filosofia ou encontrar formas menos depressivas de passar o domingo.
E já que você não larga o osso das redes sociais, que tal fazer uma limpa nos seus feeds? Troque alguns influencers por fontes de conteúdo que realmente acrescentem algo à sua vida. Não dá para eliminar o lixo digital, mas você pode pelo menos equilibrar as bobagens com coisas que te façam crescer.
Fique ligado nas novidades que realmente importam para seu crescimento pessoal. Busque desafios que te forcem a pensar diferente. Pegue aquela fofoca sem noção que você não consegue ignorar e veja se consegue tirar algum aprendizado acadêmico sobre o comportamento humano disso. Transforme o inútil em útil, pelo menos de vez em quando.
Histórias são sobre as ações de alguém
Se exponha a praticar e experimentar coisas. Já ouviu falar em aprender fazendo? Pois é, isso não é papo furado. A teoria do aprendizado experiencial não é só conversa acadêmica; é real e funciona. A ideia é simples: você só cresce e evolui quando mete a cara e enfrenta a realidade, com todos os seus desafios e merdas que inevitavelmente vão aparecer no caminho.
O mesmo vale para storytelling. Ninguém quer ler sobre um personagem que fica sentado no sofá o dia todo sem fazer nada da vida. Os personagens se transformam porque a vida os obriga a isso, jogando uma porrada de problemas no colo deles e vendo como se viram. A vida é mestre em nos forçar a sair da zona de conforto, e adivinha? Somos os personagens principais da nossa própria história.
Então, arrisque. Faça coisas novas, mesmo que te assustem um pouco. Permita-se falhar miseravelmente de vez em quando. Sério, falhar é essencial. É assim que você aprende o que não fazer, o que ajustar, o que pode melhorar. E a parte mais louca? Às vezes, esses fracassos te levam a conquistas que você nem imaginava serem possíveis.
Pratique. Não de vez em quando. Não quando der na telha. Regularmente. Se quer ser bom em algo, precisa praticar como um condenado. É a consistência que transforma um amador em um mestre.
Comemore cada vitória, por menor que seja. Cada pequeno sucesso é um lembrete para teu cérebro que você avançou mais um passo na jornada. Celebrar essas vitórias te mantém na linha, te impulsiona a continuar e te lembra de que, apesar dos perrengues, você está avançando. E avançar é o que importa.
Histórias são sobre saber se comunicar bem
Habilidades sociais não são apenas bons truques para ser popular em festas; elas são os motores que impulsiona bons relacionamento e empurra a nossa jornada pelo autodesenvolvimento social. É uma troca básica: quanto melhor você se relaciona com os outros, melhores serão seus relacionamentos. Simples assim.
Pense em qualquer história que você goste. No fundo, cada uma delas é sobre a falha na habilidade básica de comunicação. Cada personagem tropeça através de seus próprios jogos de telefone sem fio emocionais, batendo cabeça em conflitos que poderiam ser resolvidos com um pouco de clareza. Isso joga na nossa cara o quão escassas são as habilidades como comunicação honesta, escuta real e assertividade na hora de falar.
Quando estiver conversando, faça isso como se você realmente desse a mínima. Esteja lá, completamente. Faça perguntas que abram portas e mostre que você está realmente ouvindo, não só esperando a sua vez de falar.
Diga o que você precisa dizer. Direto e reto. Coloque suas opiniões, necessidades e limites na mesa, limpos e claros como água. E faça isso com confiança, sem pisar nos outros.
Invista tempo e energia em suas relações. Relacionamentos significativos não acontecem por acaso; eles são cultivados. Prefira sempre a conexão real ao superficial, o apoio verdadeiro ao interesse egoísta.
Histórias são sobre personagem enfrentando enredos num universo hostil
Vamos ser honestos: a maioria do que chamamos de “autoaperfeiçoamento” é, na verdade, uma tentativa glorificada de não se sentir tão mal no dia a dia de lutas. A galera da saúde mental que exalta o positivismo toxico gosta de falar sobre florescimento humano, sobre atrair coisas boas com o pensamento e tudo mais, mas, no fundo, todo esse papo é sobre tentar não cair no desespero em cada revés da vida.
No fundo, todas as grandes histórias giram em torno do mesmo drama central: um sujeito qualquer, tentando arranjar algum sentido ou alcançar algo em meio a um turbilhão de merdas que a vida joga na sua cara. E isso, quer você goste ou não, é um reflexo perfeito da comédia trágica que é a nossa existência.
Vivemos num mundo que não é feito para satisfazer nossas fantasias heroicas ou nossas necessidades profundas de reconhecimento e felicidade. O universo é vasto, indiferente e, muitas vezes, hostil, e todas as histórias que nos tocam são aquelas que nos mostram personagens tropeçando, caindo e, por vezes, se levantando em meio a essa indiferença cósmica.
Esse confronto com a hostilidade do mundo nos revela a verdadeira fibra de um personagem. É fácil ser heroico quando tudo vai bem. O verdadeiro teste, a verdadeira carne de qualquer história boa, vem quando tudo vai para o inferno. Quando a vida tira o tapete de debaixo dos seus pés, o que você faz? Você se desintegra ou encontra uma maneira de se reerguer, mesmo que isso signifique arrastar-se para fora do abismo com as unhas?
E aqui está a parte irônica e lindamente pesada de todas essas histórias: elas nos inspiram. Apesar de todo o cinismo e as piadas sobre quão tenso o mundo é, no final das contas, essas histórias ressoam conosco porque nos lembram de nossa própria resiliência. Mostram que, apesar das inúmeras razões para desistir, o espírito humano pode ser surpreendentemente teimoso e incrivelmente criativo na sua busca por significado. E talvez, só talvez, isso seja o que nos faz continuar.
O storytelling está ligado com a nossa busca pelo autodesenvolvimento, e com ele na ponta da língua, podemos criar uma narrativa poderosa para nossa própria jornada de crescimento pessoal, encontrando inspiração, orientação e força ao longo do caminho. Faz sentido para você? Então, vem aprender Storytelling.
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@lealmurillo | Jornalista | Top Voice Linkedin | Storytelling e Conteúdo