Como ser um contador de histórias bem melhor que a maioria
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Eu costumo dizer que contar histórias é tudo que sei fazer na vida. Não é a toa que escrever boas histórias se tornou a coisa que mais ser fazer na vida e também parte fundamental do meu trabalho como escritor.
Estudei muito sobre o assunto. Quase que obsessivamente, aprendi muitas técnicas para realmente conquistar a atenção das pessoas. Mas, relaxa, o texto não é sobre a minha capacidade de fazer um bom storytelling, mas sobre como você também pode aplicar tudo isso na sua realidade cotidiana e ganhar as pessoas.
Eu poderia escrever um livro inteiro sobre o assunto, mas de todas as lições que aprendi nesses anos sendo um contador de histórias, consegui extrair algumas habilidades principais que posso dizer que define um ótimo contador de histórias.
A capacidade de fazer ótimas perguntas
Toda boa história começa com perguntas certas. A maior dificuldades de quem vai contar uma história está justamente em entender para que lado a história deve andar e o quanto a temática pode ser relevante.
Eu gosto sempre de me questionar determinadas coisas antes de redigir algumas linhas. A primeira delas é tentar entender porque a minha história é importante para minha audiência. Afinal de contas, como realmente a minha narrativa pode mudar a vida das pessoas?
O problema da maioria das histórias que não engajam é que elas não partem de um pressuposto de entregar algo importante para a audiência.
Isso quer dizer que, não podemos apenas focar no que queremos comunicar, mas em entender o que realmente as pessoas querem saber. É premissa básica da comunicação, mas que normalmente, esquecemos de priorizar.
Uma boa pergunta a se fazer é: Como exatamente a situação do enredo, seu personagem ou o universo em que a história acontece se conecta com as pessoas? Aprenda a responder exatamente a identificar um elemento que faz com que seu personagem mova-se emocionalmente com as diretrizes sentimentais do seu público.
Por exemplo, se estiver escrevendo para um mulher que se tornou mãe recentemente, você pode abordar os desafios reais que ela enfrenta. Faça questão de colocar-se no lugar do seu publico de maneira verdadeira e nunca de modo ideal.
Entenda o principal desafio que seu público enfrentou ou enfrenta na vida. Seja capaz de rastrear mentalmente como eles se sentem frente a uma questão essencial para eles. Onde estão os valores para ele dentro de uma história? Juntamente com a apresentação de um elemento de tensão, demonstre uma componente real que traga alivio para sua realidade.
A dor essencial e alívio suavizador precisam estar claramente presentes durante uma boa história.
Como exatamente a sua história ajudou, ajuda ou ajudará as pessoas a enfrentar um desafio? Qual é o impacto real que esta narrativa tem de mudar paradigmas fundamentais, criar empatia e causar um novo cenário ou sentimento na vida das pessoas? É nisso que precisa focar, mas você tem que fazer ele chegar a essa conclusão sozinho com os elementos que traz.
Com as perguntas certas, você pode desenhar uma narrativa cheia de pontos de afinidades com sua audiência e certamente os atingirá com maior força. Aprendi isso escrevendo para diversos tipos de públicos e pessoas. Todo mundo tem dores. Faça ele mesmo se perguntar sobre seus dilemas reais e concluir que você é quem pode aliviar isso para ele?
Antes de começar uma narrativa - seja ela um texto, um vídeo, uma apresentação de vendas, uma palestra técnica, uma exposição de aula - pense sempre nas perguntas que perturbam aquele publico e os ajude a encontrar respostas viáveis.
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A aptidão de ouvir e observar ativamente tudo
Eu acho que o que me levou ao jornalismo, depois a vida de escrita foi justamente a minha capacidade de ouvir as pessoas com o cuidado de reparar nos detalhes menores como um exercício de compreensão, bem como a minha capacidade de importar-se com todos os sinais de olhar que as pessoas a minha volta demonstram.
Talvez você pense que essa é uma habilidade só de quem trabalha com investigação em certo modo, mas gostaria que atentasse para o fato de que todas as grandes boas histórias são cheias de detalhes que se tornam fundamentais para a construção dos personagens, do ambiente e das situações da trama. Mesmo no mundo corporativo.
Quando você observa e ouve mais ao seu redor, você consegue prestar mais atenção nos seus instintos de captura sobre o que importa para as pessoas, desenvolve a capacidade tornar-se mais empático a realidade alheia, e, portanto, mais próxima de abrir um canal de conversa direto.
De quebra, consegue ser mais descritivo, atrativo e capaz de adaptar melhor suas historias a realidade de todos que o ouvem.
Passe a olhar mais para aspectos como a aparência das coisas, o jeito de agir e falar das pessoas, olhe para o que tange o espaço físico e seus sinais, para as interações entre as pessoas que quer atingir, as características relacionadas ao seu caráter e ao que é realmente importante para ele, e, principalmente, como ele entende a vida e o mundo a volta.
É isso que o cinema faz. Entende como a gente pensa, faz um paralelo ideal de como a gente gostaria de pensar e cria personagens, enredos e universos que conversem com isso. Por isso ficamos atraídos.
A capacidade de narrar detalhes
Depois de prestar a atenção nos detalhes que ouve e vê e consegue levantar perguntas importantes sobre o seu alvo, você precisa agora apenas desenvolver maneiras e meios de contar aquilo de uma maneira sistematizada, organizada e que faça sentido para a maioria delas.
Quando sabemos narrar tudo de um jeito mais detalhado, fazemos com que as pessoas sintam as coisas de forma mais profunda. Podemos criar nelas, reações mais emotivas e estabelecer uma relação de confiança de informação.
Quando alguém descreve exatamente o que está na nossa mente, somos mais suscetíveis a confiar nestas pessoas. Com isso, ganhamos não só em confiança, mas somos melhor avaliados, isso tudo porque a força dos elementos pormenores fazem com que pessoas sintam-se mais compreendidas e criem mais pontos de afinidade e sintonia com a aquilo que estamos narrando. Quando contamos minuciosamente aquilo que importa para elas, elas conseguem ser capazes de tomar decisões que sejam mais favoráveis.
Contar histórias extremamente detalhistas não quer dizer jogar informações exageradas, ou em grande quantidade para encher linguiça, mas descrever de maneira rica faz com que pessoas desejem tornar-se mais amoráveis, sensíveis e aberta para a realidade posta.
As histórias se tornaram cada vez mais importantes no mundo. Eles podem ser uma ferramenta incrível de chamar a atenção, mas principalmente de tornar algo memorável? e permitir como que diferencie-se facilmente de outros elementos que concorrem com a atenção do seu publico.
Todos o meu conteúdo acaba tendo público enormes porque o meu compromisso sempre é ajudar as pessoas a entender sobre escrita e entregar realmente algo palpável e que conecte pessoas ao seu desejo de escrever mais e melhor.
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